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Taxa de desocupação recua no Pará e atinge 6,9% no 2º trimestre de 2025

O cenário nacional indica recuperação gradual do mercado de trabalho, mas alerta para disparidades regionais e de gênero

O Liberal
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O Pará registrou queda na taxa de desocupação no segundo trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 15 de agosto. O índice ficou em 6,9%, abaixo dos 8,7% do trimestre anterior e levemente inferior ao resultado do mesmo período de 2024 (7,4%). A população ocupada no estado foi estimada em 3,794 milhões de pessoas, um aumento de 1,8% em relação ao trimestre anterior, o que representa mais 105 mil trabalhadores com emprego. Já a população desocupada caiu quase 20% no mesmo período — cerca de 70 mil pessoas deixaram a fila do desemprego. Apesar da melhora, a taxa paraense segue acima da média nacional, que ficou em 5,8%, e próxima da média da Região Norte, de 6,5%.

Um outro ponto relevante mostrado na pesquisa foi a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. De acordo com os índices, a taxa de desocupação foi de 5,4% para eles, contra 9,1% para elas, diferença de quase quatro pontos percentuais.

Na comparação entre as grandes regiões do país, o Nordeste apresentou a maior taxa de desocupação, com 8,2%, seguido pelo Norte (6,5%). Em seguida aparecem Sudeste (5,3%), Centro-Oeste (4,6%) e Sul, com o menor índice (3,6%). Entre as unidades da federação, os extremos ficaram com Pernambuco, que registrou 10,4% de desocupação, e Santa Catarina, com apenas 2,2%.

Rendimento médio paraense de R$ 2.599

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O rendimento médio do trabalhador no Pará ficou em R$ 2.599 no segundo trimestre, praticamente estável em relação ao trimestre anterior. O valor segue abaixo da média do Norte, de R$ 2.716, e bem distante da média nacional, de R$ 3.477. Entre os estados, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 5.919), enquanto o Maranhão teve o menor (R$ 2.171). Mesmo com a diferença, os dados do IBGE mostram que, no longo prazo, o rendimento médio no Pará vem crescendo desde 2022.

No Pará, os homens receberam em média R$ 2.775, contra R$ 2.322 das mulheres. A diferença de R$ 453 por mês reforça a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Por posição na ocupação, os maiores rendimentos foram de empregadores (R$ 6.900) e empregados do setor público (R$ 4.357). Já trabalhadores domésticos tiveram o menor rendimento médio, de apenas R$ 985.

Setor de comércio lidera no Pará

A distribuição da população ocupada mostra o peso do comércio na economia paraense. O setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas respondeu por 21,1% dos trabalhadores no segundo trimestre de 2025. Em seguida aparecem administração pública, educação, saúde e serviços sociais (18,7%), agricultura, pecuária, pesca e aquicultura (12,6%), indústria (12,1%), construção (8,1%), serviços de informação, comunicação, finanças e atividades administrativas (6,2%), alojamento e alimentação (5,7%), outros serviços (5,2%), transporte, armazenagem e correio (5,1%) e serviços domésticos (5%).

Apesar da queda recente, o Pará segue entre os estados com maior taxa de informalidade do país. No segundo trimestre de 2025, 55,9% dos trabalhadores estavam em situação informal, segundo maior índice nacional, atrás apenas do Maranhão (56,2%). A informalidade é mais alta entre os homens (59%) do que entre as mulheres (51,2%). O nível de escolaridade também pesa: 84,1% das pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo trabalham de forma informal, enquanto entre os que têm ensino superior completo a taxa cai para 21,9%. No Brasil, a taxa de desocupação foi de 5,8% no trimestre. Entre os homens, o índice ficou em 4,8%, e entre as mulheres, 6,9%. 

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