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Setor de motocicletas está otimista para as vendas de final de ano

Em algumas lojas de Belém, há até lista de espera por alguns modelos

Elck Oliveira
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A venda de motocicletas no Pará promete aquecer cada vez mais, seguindo uma tendência nacional. Recentemente, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) divulgou a projeção de produção de 1,420 milhão de motocicletas este ano, o que representa um acréscimo de 18,8% em relação a 2021. A expectativa dos revendedores paraenses é de um final de ano bastante animador, pois há até lista de espera de clientes por alguns tipos de modelos. 

A gerente comercial de uma loja de motos localizada em Belém, Cristiane Borges, diz que, hoje, as vendas estão superando todas as expectativas, tanto das montadoras quanto das revendas. “Ainda existe lista de espera para vários modelos, mesmo depois da pandemia ter afetado a produção, os funcionários, as peças, ainda a gente continua tá com lista de esperas pra muitos modelos. Acredito que é porque a gente ainda não estava preparado para essa mudança no mercado”, avalia. Segundo Cristiane, na loja em que ela trabalha, por exemplo, a expectativa inicial era fechar o ano com 180 motos, mas serão disponibilizadas, de fato, 350 unidades para os clientes, devido a esse aumento na procura.

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A loja em que Cristiane atua, por exemplo, deverá se mudar em breve para uma sede maior, para comportar a quantidade de motos recebidas. “Estamos indo pra uma uma área com tamanho duas vezes maior do que a que temos hoje. Além das lojas em Belém, também temos parcerias em cidades do interior, como Vigia, Castanhal e Salinópolis”, explica. 

De acordo com a gerente, hoje, a indústria oferta um mix bastante diversificado para o mercado, com preços que variam de R$ 12 mil a R$ 69 mil, de baixas, médias e altas cilindradas. “De fato, há moto para todos os gostos. Mas vale lembrar que todo tipo de moto exige a CNH (Carteira Nacional de Habilitação)”, ressalta.

Pandemia pode ter incentivado a produção de motocicletas

Para ela, a pandemia de covid-19, que fez crescer vertiginosamente a questão das entregas de diversos tipos de produtos por delivery, favoreceu o aumento da produção de motocicletas. “Depois disso, as pessoas continuaram aderindo à compra de motos porque viram que o custo benefício é menor. O IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) da moto, por exemplo, é bem menor do que o do carro. O custo do combustível para se manter, também. Então, tem a questão dos custos mesmo, mas, além disso, o trânsito de Belém também é muito complicado, então, ninguém quer andar de ônibus, todo mundo quer se locomover de forma mais rápida”, acredita. 

O consultor de vendas Anderson Costa trabalha em uma rede de concessionárias de motocicletas que está inaugurando mais uma unidade, desta vez em Ananindeua, para atender a demanda crescente de clientes. “A nossa primeira loja, em Belém, inaugurou em agosto. A próxima será em Ananindeua e, futuramente, vai se transformar em uma loja premium, só com os modelos de alta cilindrada”, conta. 

Para ele, além da variedade de opções - as motos podem agradar desde as mulheres, que preferem modelos mais simples, até os que apreciam as altas velocidades e equipamentos de alta tecnologia -, muita gente prefere as motos por conta dos preços mais atraentes em comparação com os veículos. “Hoje, se o cliente não tiver um valor razoável para dar de entrada em um carro, ele acaba ficando com uma parcela financiada alta, então, ele prefere uma parcela mais em conta. Além disso, tem a questão da comodidade, já que a moto não fica, em geral, muito tempo presa em engarrafamento, dá pra chegar muito mais rápido aos destinos. Muita gente também prefere a moto por conseguir, com ela, fazer uma renda extra, como motociclista de aplicativo, que agora está em alta”, pontua.

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