‘Semana Brasil’ tem baixa adesão de lojistas em Belém

A campanha de descontos criada pelo Governo Federal teve baixa movimentação na capital paraense

Daleth Oliveira
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A campanha Semana Brasil lançada pelo Governo Federal em parceria com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) em 2019 para tentar aquecer o comércio durante o mês de setembro teve baixa adesão na capital paraense este ano. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), Eduardo Yamamoto, a proximidade com as eleições não atraiu shoppings e varejistas à iniciativa.

“A Semana do Brasil tradicionalmente não teve muita adesão, por mais que ocorra num período de queda de vendas. Acredito que isso tem que ser trabalhado mais localmente do que de cima para baixo.O movimento tem que contagiar o lojista, o chão da loja. E consequentemente o consumidor. Mas dessa vez, acredito que com a campanha eleitoral, o evento se tornou um fato político”, disse Eduardo.

De acordo com o Sindicato, de sete shoppings da capital, apenas um aderiu à campanha. Localizado no bairro Castanheira, o empreendimento participante está com quase todas as lojas anunciando produtos com descontos que vão de 10% a 50% até o dia 12. A gerente Eliane Pantoja afirmou que as ofertas têm conquistado os clientes.

“Qualquer desconto já faz uma diferença no bolso e atrai mais clientes. Aqui estamos com até 30% e ainda aplicamos descontos progressivos, isto é, quanto mais se compra, maior é o desconto. Nossa expectativa é aumentar as vendas, principalmente a partir do 5º dia útil, que é neste dia 7, quando as pessoas geralmente recebem seus salários”, falou otimista.

A lojista Brenda Aguiar preparou a loja para o evento com balões verde e amarelo e afirmou que poucas pessoas sabem da campanha, mas quando chegam na loja, se surpreendem. “A Semana do Brasil é nacional, mas aqui no Pará pouco é divulgado. Acho que precisamos divulgar mais e assim, consequentemente, vamos aumentar nossas vendas. Aqui nós temos peças com até 50% e esperamos que até o final da campanha, as peças remarcadas sejam vendidas”, contou.

Consumidores

A autônoma Jessica Barata não conhecia a promoção, mas conseguiu um desconto com pagamento à vista. “Hoje fui pega de surpresa. Mas achei essa iniciativa bastante interessante, é bom para o vendedor e ótimo para nós, nós consumidores que adora um desconto”, relatou.

Já a dona de casa Laís Lobato disse que não confia muito nos descontos apresentados nas lojas. “Agora tá esse preço, mas quanto estava antes? A gente costuma muito ver preços aumentarem para depois, com o desconto, o cliente comprar pelo preço normal achando que está fazendo um bom negócio. Então não acredito muito nesses descontos, seria melhor se a gente pudesse saber quanto custava antes”, opinou.

Campanha barrada

Ontem (5) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou um pedido do Governo Federal para veicular a Semana do Brasil. O ministro afirmou que a natureza da campanha não justifica a sua divulgação em período eleitoral, além de não ter sido comprovado o caráter de urgência.

Isso porque a Lei das Eleições determina que a Justiça Eleitoral deve avaliar a possibilidade de veiculação de publicidade institucional nos três meses que antecedem o pleito, desde que reconheça grave e urgente necessidade pública.

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