Sectet realizará o primeiro curso técnico em Processamento de Açaí no Pará

Uma das novidades será a Carreta-Escola, onde haverá uma minifábrica de açaí para que os alunos realizem, na prática, os conhecimentos que serão repassados durante o curso

Luciana Carvalho
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 Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, Educação Superior, Profissional e Tecnológica (SECTET) em parceria com a Fundação Itaú de Educação e Cultura promoverá o primeiro Curso Técnico de Nível Médio em Processamento de Açaí no Pará. O curso será ofertado inicialmente em Castanhal, Barcarena, Moju e Salvaterra com grande produção do fruto a partir do ano que vem, sendo dois municípios por ano. 

O curso terá duração de um ano, com carga horária mínima de 800 horas, com aulas práticas e teóricas e será destinado para os trabalhadores da produção de açaí. Ele será dividido em módulos: produtor de palmito de açaí, processador do suco de açaí, embalador do suco de açaí, produtor de conserva de palmito de açaí, empreendedor e rotulador de produtos derivados do açaí. Ao final do curso, os alunos vão receber a certificação de qualificação profissional.

Uma das novidades do curso será a Carreta-Escola, onde haverá uma minifábrica de açaí para que os alunos realizem, na prática, os conhecimentos que serão repassados durante o curso. Ela será uma unidade móvel de processamento de açaí com todos os utensílios em maquinários adequados para produção. A carreta também terá uma sala para as aulas teóricas. Os estudantes vão poder ter uma visão geral desde o momento que o fruto chega na indústria até a embalagem do produto para distribuição.

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Os interessados que tiverem o ensino fundamental completo poderão fazer a matrícula em cada disciplina modular para obter o certificado de qualificação. Já os alunos do ensino médio completo que cumprirem as 800 horas/aula vão receber o diploma de Técnico em Nível Médio. Serão 35 alunos por turma. O período de inscrições será divulgado em breve pela Sectet

O Banco Interamericano de Desenvolvimento liberou uma verba de 710 mil dólares para realização do curso. A Sectet escolheu a cadeia produtiva do açaí porque o Estado  possui a maior produção nacional desta commodities, mas seu setor, apesar do grande potencial biotecnológico, possui baixo desempenho de inovação.

Segundo a Pesquisa Agrícola Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de açaí cresceu 32% se comparada ao último ano, sendo que 95% da produção do açaí se concentra no Pará, que possui quase 100 empresas que comercializam o fruto para outros estados. Esse montante chega a injetar na economia paraense algo em torno de US$1,5 bilhão, porém, esse valor é equivalente a apenas 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, segundo dados do Sindicato das Indústrias de Frutas e Derivados.

As indústrias de palmito e açaí dependem na sua maior parte da coleta do açaí nativo, que é feito pelas populações ribeirinhas que possuem baixíssimo conhecimento técnico e de boas práticas de manejo e higiene da fruta. A Agência de Defesa e Vigilância Agropecuária do Estado ( ADEPARÁ) estima que a maior parte do açaí do Pará seja perdido no pé da árvore. Para tentar mudar essa realidade, surge agora o primeiro Curso Técnico de Nível Médio em Processamento de Açaí que também vai proporcionar uma imersão aos alunos em áreas com grandes produções de açaí, onde eles poderão viver na prática as experiências com a cadeia produtiva do fruto.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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