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Região Metropolitana de Belém teve as passagens interestaduais mais caras do País em 2022

Segundo pesquisa do IBGE, alta na RMB foi de quase 31%, bem acima da inflação acumulada no ano, de 5,7%

O Liberal
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Com a alta dos preços das passagens aéreas, muita gente tem optado por viajar de ônibus. Contudo, os valores dos bilhetes de ônibus, sobretudo para viagens interestaduais, também acumularam acréscimo acima da inflação, entre janeiro e dezembro de 2022, segundo estudo do IBGE. Entre os locais pesquisados, a Região Metropolitana de Belém foi a que registrou maior reajuste nos preços das passagens, de acordo com o Instituto: quase 31%, bem maior da média nacional, que foi de 13,8%. Ambas, no entanto, representam valores acima da inflação acumulada no ano, de 5,7%, medida pelo IPCA, principal índice de inflação no Brasil. 

Segundo o economista Valfredo de Farias, quatro fatores principais contribuem diretamente para o valor das passagens de ônibus: a manutenção dos equipamentos, os salários de funcionários, os tributos pagos e o combustível.  Entre esses, no entanto, a alta no preço dos combustíveis pode ter tido o maior impacto nesses reajustes. “O combustível faz parte dos custos de produção do serviço das empresas de ônibus. Então, toda vez que tem um reajuste, ele é repassado para o consumidor final. Claro que alguns reajustes de passagens são regulamentados por contratos, mas, como ao longo do ano houve vários aumentos de combustível, esse custo não pode ser repassado diretamente, logo depois, então o consumidor continuou pagando uma passagem defasada E quando chega na data do reajuste, esses custos todos são repassados pro consumidor final, que somos nós”, avalia. 

O economista Genardo Oliveira concorda. Para ele, o aumento do diesel, aliado à diminuição das frotas e restrições sobre os horários de pico, culmina com os reajustes ascendentes. “Isso afeta de várias maneiras as frotas de transportes rodoviários, fretes e passageiros diretamente. Quanto mais se tenta restringir ou segurar esse repasse gerado pelo preço, que hoje é considerado o maior custo tarifário, tanto maior será o aumento imediato sobre os valores das passagens e fretes urbanos, interestaduais e intermunicipais. Essa acumulação de picos de alta se reflete e vem se concentrando diretamente nas capitais brasileiras”, aponta. 

A professora de teatro Letícia de Oliveira Fonseca, de 27 anos, está sentindo no bolso esse impacto. Belenense, ela conseguiu um emprego no interior do Maranhão e sempre vem à capital paraense para visitar a família e depois volta para a cidade de Atins. No ano passado, ela fez duas vezes esse trajeto e percebeu a alta. “Antigamente, comprávamos passagens de ônibus porque eram mais baratas, mas hoje em dia vale muito mais ficar atento ao preço das passagens de avião, pois o preço sai bem parecido. A última vez que fui a Belém paguei R$ 280 reais pela viagem, que durou cinco horas a mais do que o previsto no site da empresa. Vale muito mais se programar para comprar passagem aérea e economizar 16 horas sentada em uma poltrona desconfortável, pagando R$ 40 a mais por trecho”, avalia.

 

  • Segundo a pesquisa do IBGE, entre janeiro e dezembro de 2022, os preços das passagens interestaduais tiveram aumento de 13,8% em todo o País

  • A maior alta foi registrada na Região Metropolitana de Belém, de quase 31%

  • A segunda maior alta foi a encontrada na Região Metropolitana de Fortaleza, com cerca de 26% de acréscimo

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