Redução do preço na refinaria não é garantia de queda na bomba

Mesmo com uma redução de 0,9% no valor, o preço da gasolina pode não ser menor para o consumidor

Redação Integrada ORM
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A queda do preço do litro do combustível nas refinarias nesta quinta-feira, 11, que passou de R$ 2,1889 para R$ 2,1691, uma redução de 0,9%, conforme anunciado pela Petrobras, não é garantia de que o preço da gasolina ficará mais barato na bomba do posto de gasolina. A afirmação é do advogado do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado (Sindicombustiveis Pará), Pietro Gasparetto. Ele analisa que a redução do valor na refinaria foi bem pequena e pode não se refletir em diminuição do preço praticado diretamente com o consumidor.

"Não há como afirmar se o preço na bomba terá redução, essa decisão é de empresa para empresa, depende dos custos, da realidade que a empresa enfrenta e também da clientela que ela tem", ponderou Pietro Gasparetto. Ele reiterou que o preço do combustível na refinaria diz respeito ao valor do combustível bruto. Ou seja, sem a incidência de impostos e dos custos diversos, a exemplo dos custos de fretes e de distribuição, esse último vinculado ao serviço de logística das distribuidoras, empresas que também têm custos e lucros. 

Além disso, o preço na refinaria está sem a incidência do etanol, explicou o advogado do Sindicombustíveis. "Atualmente, a gasolina é composta de 27% de álcool. A oscilação do preço na refinaria pode refletir ou não na bomba, dependendo do valor que ele for vendido pela distribuidora e dos custos de operação de cada posto de gasolina''. 

Sobre a redução anunciada pela Petrobras, não é possível, neste momento, prever se ela efetivamente chegará ao bolso do consumidor. Pietro Gasparetto afirmou que a formação do preço de bomba, depende da análise dos custos da operação e dos lucros de cada empresa, já que elas têm custos na compra dos combustíveis, das distribuidoras, e também têm custos de operação como frete, energia, folha de funcionários, entre outras despesas, que têm apresentado aumento nos últimos meses. 

"O interesse é de reduzir o preço mas nem sempre isso é possível. Muitas vezes, os postos vêm absorvendo aumento ao longo de semanas, segurando para não repassar para o cliente. Tentando não elevar o valor da gasolina e manter o consumo dos clientes, mas chega um momento em que não se consegue mais suportar os custos e acaba-se elevando o preço na bomba, mesmo que nesse dia, eventualmente, tenha sido anunciado a redução do preço na refinaria. Ou seja, não há como afirmar se o preço na bomba cairá", concluiu Pietro. 

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