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Quer comprar moto? Procura pelo produto está maior que a oferta em Belém

Uma das explicações para o aumento nas vendas desse tipo de veículo é a alta dos combustíveis

Abílio Dantas / O Liberal

A alta dos combustíveis aumentou a procura dos consumidores por motocicletas na Região Metropolitana de Belém (RMB). Concessionárias registram atualmente lista de espera de clientes que aguardam para comprar uma moto, o que significa que a procura pelo produto está maior que a oferta. Uma concessionária localizada em Marituba registra atualmente 300 nomes, divididos em listas de espera de duas unidades da empresa.

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O diretor comercial de motos da empresa Mônaco, da unidade localizada na avenida Augusto Montenegro, em Belém, José Guerrero, explica que a relação custo-benefício é o principal motivo para que algumas pessoas estejam trocando os carros pelas motos. “Muitos clientes estão nos procurando para comprar uma moto, para que utilizem nos dias de semana, e para que o carro fique apenas para os fins de semana. Dependendo da moto, é possível rodar de 50 a 60 quilômetros com um litro de gasolina. Por outro lado, um automóvel popular faz somente 10 quilômetros por litro”, compara o profissional.

De acordo com José Guerrero, as lojas do setor não estão conseguindo dar conta da demanda atual. “Estamos com uma lista de espera. Acontece que com a pandemia houve também uma queda de produção das fábricas no país. Isso ocorreu porque a pandemia fez com que as rotinas de produção fossem modificadas. Para evitar aglomeração, a linha de produção teve que mudar o ritmo, já que os funcionários não poderiam mais ficar muito perto uns dos outros”, explica.

O consultor de vendas Renato Alves, que atua em uma loja da Honda, no município de Marituba, afirma que somando as listas de espera de duas lojas, 300 pessoas aguardam para comprar uma moto, o que significa listas de 150 pessoas em cada uma delas. “As pessoas também estão esperando mais até que as motos cheguem. O tempo médio de espera está sendo de 60 dias, podendo chegar até a 90 dias. A procura começou a crescer com o início da pandemia. Mas ficou maior nos últimos meses, com o preço da gasolina”, completa.

Segundo Renato Alves, a moto que tem sido mais vendida custa atualmente R$ 15 mil e roda, em média, 34 quilômetros por litro. “É muito mais econômica que um carro. Existem também modelos ainda mais econômicos, que chegam a rodar 60 quilômetros por litro”, afirma.

 A professora Dina Oliveira, moradora de Marituba, decidiu comprar uma moto em abril. “Inicialmente, tínhamos dois carros e decidimos vendê-los para comprar um. No entanto, os preços aumentaram demais. Nós esperávamos o preço abaixar, mas só ficava mais caro. O carro que eu queria ficou cinco mais caro do que quando eu comecei a pesquisar. Então, como eu já havia andado de moto em outro momento, decidi comprar uma”, relata.

Com o novo meio de transporte, os gastos semanais da professora mudaram de forma significativa. “Eu gastava mais de R$ 100 por semana quando andava de carro todos os dias. Com a mota, não tem nem comparação: gasto em média, semanalmente, R$ 15. É uma diferença muito grande. Mas, é claro, que há desvantagens também. Existem motoristas que nos perseguem. Qualquer buraco na pista pode representar um acidente. Além disso, tem a questão do tempo: do sol e da chuva, que não é a mesma coisa com o carro”, diferencia.

No dia 26 de outubro, a Petrobrás autorizou aumentos de 7,04% no preço da gasolina e de 9,15% no preço do diesel.

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Economia
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