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Na Black Friday, preço muito abaixo do mercado pode ser sinal de fraude

Consumidores devem ter cuidado e atenção com as promoções, alertam especialistas

Elisa Vaz

A pouco mais de uma semana da Black Friday deste ano, que cai no dia 27 de novembro, os consumidores já se preparam para fazer compras com descontos. No entanto, além das promoções em produtos de diversos segmentos, a data também é marcada pelos golpes, e por isso os compradores devem ficar atentos.

O que pode ocorrer, segundo o professor Alan Marcel, da área de Ciência da Computação, é que, devido à grande procura, criminosos podem criar lojas virtuais fictícias, atraindo clientes com preços extremamente baixos; ou clonar lojas virtuais de grandes marcas para adquirir dados bancários e outras informações. “Portanto, desconfie de preços muito abaixo do mercado. A Black Friday é atrativa justamente por prometer descontos imperdíveis, mas os cuidados devem existir”, orienta.

Coordenador de fiscalização da Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), ligado à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Renan Lobato indica que, antes de adquirir qualquer produto ou serviço, o consumidor deve pesquisar o preço ofertado e a reputação do estabelecimento, entre outras coisas.

“Sabe-se que, muitas vezes, o preço é o primeiro atrativo ao consumidor, mas é importante ter cuidado para não cair em falsas ofertas e ser enganado, fazendo o ‘barato sair caro’. Geralmente, ofertas muito atrativas são princípios de golpes. Então, é importante que, ao realizar compras virtuais, o consumidor pegue referências com pessoas que já compraram naquele estabelecimento e que possam dizer como foi a experiência”, enfatiza o coordenador de fiscalização.

Além disso, Renan afirma que, tanto nas compras presenciais como virtuais, o consumidor deve exigir por escrito as vantagens ofertadas junto ao produto e serviço, como política de troca ou prazo de validade, em alguma declaração ou até mesmo na nota fiscal. O Procon tem feito, há um mês, a cotação de preços em diversas lojas, para fazer comparação com as ofertas que serão colocadas no mercado durante a Black Friday. Se for constatado que não existe desconto efetivo nos produtos verificados, o estabelecimento será autuado.

Na área digital, o professor Alan Marcel dá algumas orientações a quem prefere fazer compras na Black Friday deste ano. A primeira é evitar ao máximo comprar em lojas que não são conhecidas nacionalmente e internacionalmente, e usar cartão de crédito virtual, modalidade oferecida por muitos bancos. “Trata-se de um cartão volátil que funciona por determinado tempo ou para uma compra apenas”, diz.

O cliente também pode verificar se o site possui criptografia habilitada, como cadeado no navegador de internet, perto do nome do site, e manter o sistema operacional atualizado, assim como o antivírus. O profissional ainda diz que, em caso de dúvidas sobre o site, o melhor é não comprar ou pedir a ajuda de alguém mais experiente, que conhece mais de tecnologia.

Em caso de fraude, o consumidor pode denunciar o estabelecimento ou site ao Procon. O coordenador de fiscalização destaca que é sempre bom fazer um registro da situação encontrada, para fortalecer a denúncia. Ela pode ser feita por meio dos canais oficiais, uma vez que denúncias publicadas em redes sociais não são vistas pelo órgão, em sua maioria. O consumidor pode entrar em contato pelo número 151, pelo e-mail proconatend@procon.pa.gov.br, ou presencialmente, na travessa Lomas Valentina, número 1150, em Belém.

Confira alguns cuidados que podem ser tomados em compras online:

1. Evitar compras em lojas que não são conhecidas nacional e internacionalmente;

2. Usar cartão de crédito virtual;

3. Verificar se o site possui criptografia habilitada;

4. Manter o sistema operacional e o antivírus atualizados;

5. Verificar o extrato do cartão de crédito constantemente;

6. Pegar dicas com conhecidos e familiares;

7. Pedir ajuda a alguém que conhece melhor a tecnologia;

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