Produtos sobem e demanda de verão aumenta procura

O consumo de peixe, caranguejo, camarão, carne, frango e frutas aumenta durante o período do verão amazônico. E, neste ano, o belenense deve pagar mais caro por alguns desses alimentos. O limão, por exemplo, teve uma alta de 44,6% no acumulado dos últimos 12 meses. Em seguida, a carne bovina entra na lista dos altos preços dos itens mais consumidos em julho, com um acréscimo de 30% ao longo de um ano. O peixe é o terceiro vilão das altas, com o percentual de 11% nos últimos cinco meses de 2020.

Os dados são do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA). “Ao longo desse período vemos que o belenense passa a consumir muita fruta para fazer sucos naturais, por recomendação médica ou como forma de amenizar calor e se hidratar. Se consome também bastante peixe, carne para o churrasco, assim como o frango. Aumenta também, na capital, a procura por camarão e caranguejo, principalmente nos balneários, aos finais de semana”, explicou Roberto Sena, supervisor técnico da entidade.

As frutas comercializadas nas feiras e supermercados de Belém, nos últimos 12 meses, ficaram mais caras, e a maioria teve reajustes acima da inflação. O quilo do limão teve aumento de 44,6%, seguido do cupuaçu, com alta de 28,5%; da laranja pera, com elevação de 25,6%; do melão amarelo, com acréscimo de 17%; e do abacate, com aumento de 15%. A inflação calculada no período gira em torno de 2%.

Um estudo sobre o comportamento dos preços do pescado na capital, feito pela Secretaria Municipal de Economia (Secon) e pelo Dieese/Pa, mostra altas no valor de algumas espécies no acumulado dos primeiros cinco meses do ano. “Mesmo tendo a inflação caído, principalmente do petróleo para combustível por conta da queda dos mercados internacionais, a cesta básica e os demais produtos alimentícios apresentaram alta, comum da sazonalidade”, observou Sena.