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Produtora de automóveis elétricos, Tesla firma acordo com Vale para fornecimento de níquel

Mineradora informou que não ia comentar sobre o contrato. No Brasil, a única unidade que a Vale tem de exploração de níquel fica no Pará, em Ourilândia do Norte

O Liberal
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A preocupação das fabricantes de veículos elétricos quanto ao fornecimento de níquel por parte da Rússia, uma das maiores produtoras mundiais do metal, que surgiu por conta do conflito no leste europeu, tem feito as empresas adotarem medidas para garantir a compra do produto, que é um ingrediente essencial para as baterias desses carros. É o caso da Tesla, que firmou acordo “de vários anos” com a Vale para o fornecimento de níquel, segundo mostra matéria da Bloomberg, divulgada no site do Exame. 

Procurada pela reportagem, a mineradora disse que não iria comentar sobre o assunto. Quanto à operação de níquel no Brasil, a Vale tem uma unidade (Onça Puma), que fica no município de Ourilândia do Norte, no Pará. Não há maiores detalhes sobre o acordo, mas segundo divulgado, envolveria níquel do Canadá.

De acordo com a reportagem publicada pelo Exame, a demanda de níquel para fabricação de baterias deve saltar de 400.745 toneladas neste ano para 1,5 milhão de toneladas em 2030, segundo a BloombergNEF, a divisão da Bloomberg para pesquisas e análises nos mercados de commodities e energia. Diante desse cenário, o CEO e fundador da Tesla, Elon Musk, tem demonstrado preocupação com o fornecimento de níquel e “a disponibilidade do metal como causa de ansiedade em todo o setor”. Ele teria, inclusive, pedido a mineradoras que extraíssem mais níquel das minas em uma teleconferência há dois anos. “A Tesla vai dar um contrato gigante por um longo período a quem extrair níquel de forma eficiente e ambientalmente prudente”, teria dito na época.

E as sanções contra a Rússia por causa da invasão da Ucrânia podem estar aumentando essa urgência. Dados da Bloomberg apontam que o país detém 17% da capacidade global de níquel refinado classe 1, o tipo necessário para veículos elétricos. Desde o início do ataque à Ucrânia em 24 de fevereiro, o preço do níquel subiu 30% na bolsa de metais de Londres.

As ações da Vale, por sua vez, subiram 23% neste ano e 11% desde o início da guerra. O mercado pode se estabilizar diante de sinais de que a guerra vai terminar.

“Ao contrário da maioria das montadoras, a Tesla há anos trabalha para garantir abastecimento próprio de níquel. Os esforços fazem parte do foco do CEO e fundador Elon Musk na integração vertical para manter o controle sobre a cadeia de suprimentos. A companhia opera uma enorme fábrica de células de baterias no estado americano de Nevada em conjunto com a japonesa Panasonic. A Tesla compra células de outros grandes fornecedores, mas também tem fabricação própria. A empresa busca avanços constantes no processamento de matérias-primas e na fabricação de baterias. Durante uma apresentação em 2020, seus executivos falaram em encurtar a trajetória entre a mina e o cátodo”, expõe a matéria.

Relatório de 2021 divulgado pela Vale aponta que nas operações de Metais Básicos, a produção de níquel acabado pela empresa foi de 168,0 toneladas métricas (kt) em 2021, o que representa 15,7 kt menos do que em 2020, como resultado do impacto da paralisação dos empregados em Sudbury, no Canadá, que interrompeu as operações por 70 dias, e postergação de manutenções no forno da vale na Indonésia para 2022. Mas os números foram parcialmente compensadas pelo melhor desempenho em Onça Puma, onde a produção de 2021 fechou em 19,1 kt. 

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