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Procura por flores em Belém é grande mesmo com preços mais altos

Floriculturas driblam inflação com alternativas mais baratas e comemoram bom momento do mercado 

O Liberal

As flores, o mais clássico dos presentes de Dia dos Namorados, estão mais caras em 2022. Segundo um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as rosas, por exemplo, estão sendo comercializadas na Grande Belém por um preço médio de R$14,60 a unidade, 30% a mais do que o registrado no ano de 2021.

Já o buquê de seis rosas sofreu um reajuste menor, de 14,52%, vendido em média por R$142, mas quem pesquisa com afinco consegue encontrar o mesmo produto por até R$120.

Quem quer presentear a pessoa amada com uma dúzia de rosas vai precisar desembolsar, em média, R$204, uma alta de 13% em relação ao Dia dos Namorados do ano passado. 

image Márcia manteve os preços dos ano passado para fidelizar clientes (Ivan Duarte/O Liberal)

Márcia Barbosa é microempreendedora e há um ano e meio comanda uma floricultura no bairro de Fátima. Ela conta que está bastante animada com a data e que o movimento vem numa crescente desde o Dia das Mães.

Ela admite que os preços praticados pelos fornecedores subiram, mas ela optou por não reajustar os valores dos produtos que vende.

"É o nosso segundo Dia dos Namorados. Ano passado éramos bebês, então com certeza a nossa procura é bem maior em 2022. A pedida sempre é planta com flor. A inflação realmente impactou, mas como temos um espaço próprio, sem pagar aluguel, conseguimos manter o nosso custo para fidelizar mais os clientes", diz ela, que investe bastante na divulgação via internet e que também faz entregas em locais próximos. 

Na opinião de Rosenira Siqueira, que atua há dois anos no setor, as altas refletem o aumento nos preços dos insumos e dos combustíveis. Apesar de tudo, ela considera que o momento do mercado é ótimo.

"Está super aquecido em todos os sentidos, não tenho do que reclamar. Eu comecei a ter uma procura diversificada de tudo, desde plantas até insumos e vasos. As flores de cortes e rosas tiveram uma subida astronômica. O buquê que era R$30 pulou para R$90. E o de R$90 hoje é R$200. Com a pandemia houve uma questão da parada de produção e as rosas ainda não voltaram com tudo. Sem contar que vem tudo de Holambra (SP), então a gente paga mais caro pelo frete. Para quem mora no Norte, ficou caro", conta ela, que também realiza entregas à domicílio.

O hábito de dar flores de presente 

 

Mesmo com os preços altos, ela conta que os clientes não abrem mão de agradar as pessoas queridas com flores. "Eu sempre ofereço uma opção. Se não dar para levar um buquê de 12 rosas, ofereço o de três. Se a rosa está cara, sugira uma orquídea, que é linda, dura até três meses. Aumentou bastante a procura por alternativas que sejam diferenciadas da rosas tradicionais", avalia. 

Para Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese, o momento da economia brasileira é de retomada pós-pandemia, e, portanto há mais disposição para compras do que os anos de 2020 e 2021. Mas os preços estão pesados para o bolso do brasileiro médio.

"Outro fato que também chama a atenção é que além dos valores das flores, as floriculturas também estão cobrando taxa de entrega que partem de R$ 20 ou mais, dependendo do local de entrega. Quem optar por presentear com uma cesta de flores pode preparar o bolso. Elas estão cada vez mais bonitas, sofisticadas e caras, trazendo inclusive frutas, chocolates, bicho de pelúcia e até garrafas de vinho, com preços que ultrapassam R$ 300,00. Em todo caso, em tempos de preços altos e orçamento apertado, presentear a amada ou o amado com uma rosa pode ser uma boa pedida", recomenda. 

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