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Preço do material escolar sobe acima da inflação e tem altas de até 32% no Pará, aponta Dieese

O levantamento também identificou grande variação de valores para o mesmo produto, com diferenças superiores a 20% entre estabelecimentos

Gabi Gutierrez

O preço do material escolar deve pesar no bolso das famílias paraenses na volta às aulas de 2026. Levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) aponta que os reajustes nos preços dos principais itens escolares superaram a inflação acumulada dos últimos 12 meses, estimada em cerca de 4,5%. Em alguns produtos, a alta ultrapassa 30%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 18 de dezembro de 2025 em papelarias, livrarias, lojas de departamento e no comércio popular da Grande Belém. Ao todo, foram analisados cerca de 50 itens que compõem as listas básicas de material escolar, incluindo produtos de menor valor e itens de maior impacto no orçamento, como cadernos, mochilas e lancheiras.

Material escolar mais caro no início de 2026

De acordo com o Dieese, os aumentos de preços foram praticamente generalizados e, na maioria dos casos, ficaram acima da inflação do período. O levantamento também identificou grande variação de valores para o mesmo produto, com diferenças superiores a 20% entre estabelecimentos, o que torna a pesquisa de preços essencial para os consumidores.

Entre os itens que mais encareceram está o lápis de cor grande (caixa com 12 unidades) da Faber-Castell, que apresentou preço médio de R$ 24,40, com alta de 31,89% em relação a dezembro de 2024. O apontador com depósito teve preço médio de R$ 7,07, após reajuste de 21,27%, enquanto o gizão de cera jumbo (12 unidades) passou a custar, em média, R$ 13,29, com aumento de 15,67%.

Outros produtos de uso cotidiano nas escolas também registraram elevação. A resma de papel Chamequinho (100 folhas) teve preço médio de R$ 8,66, alta de 13,95%, e o giz de cera pequeno (12 unidades) foi encontrado por R$ 6,25, com reajuste de 13,84%. Já a cola branca 40g subiu 11,25%, sendo comercializada, em média, a R$ 3,56.

Cadernos, mochilas e lancheiras puxam os gastos

Os produtos de maior valor continuam sendo os que mais impactam o orçamento das famílias. Segundo o Dieese/PA, os cadernos escolares apresentam ampla variação de preços conforme o modelo, número de matérias, quantidade de folhas e presença de personagens licenciados.

Os modelos mais simples, como os de brochura, variam entre R$ 13,20 e R$ 33,50. Já os cadernos de capa dura e com personagens podem ultrapassar R$ 70,00. As mochilas escolares também ficaram mais caras e são encontradas desde R$ 45,90 até valores acima de R$ 500,00, dependendo da marca, do material e do modelo. As lancheiras variam entre R$ 44,90 e R$ 130,00.

Atenção às listas de material escolar

O Dieese alerta ainda para a inclusão indevida, nas listas de material escolar, de itens que são de uso coletivo ou de responsabilidade das instituições de ensino, como materiais de limpeza e higiene. Nesses casos, os pais e responsáveis podem questionar as exigências e recorrer aos órgãos de defesa do consumidor.

Diante do cenário de renda pressionada no início do ano, o órgão reforça que o planejamento financeiro e a pesquisa prévia de preços serão fundamentais para reduzir o impacto dos reajustes na volta às aulas de 2026 no Pará.

 

  • Maior alta registrada:
  • Lápis de cor grande (12 un.) – R$ 24,40 | +31,89%
     
  • Outros itens com aumento:
  • Apontador com depósito – R$ 7,07 | +21,27%
  • Gizão de cera jumbo (12 un.) – R$ 13,29 | +15,67%
  • Resma de papel (100 folhas) – R$ 8,66 | +13,95%
     
  • Variação de preços:
  • Diferença superior a 20% para o mesmo produto, conforme o estabelecimento
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