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Preço da cesta básica em Belém continua subindo

Capital paraense ficou entre as com maiores reajustes

Redação Integrada
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O preço da cesta básica, em Belém, teve alta de 1,11% em fevereiro. A capital paraense ficou no ranking das cinco com maior aumento na cesta. As as outras são João Pessoa (2,69%), Curitiba (2,33%), Natal (2,19%) e Porto Alegre (1,03%). Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A economista Hellen Ferraz Berbel Bentes, conselheira do Conselho Regional de Economia de Pará e Amapá (Corecon-PA/AP), analisa que o aumento da cesta básica em Belém se deve ao fato de que a maioria dos alimentos consumidos na capital paraense vem de outros Estados, o que encarece a cadeia produtiva, além das particularidades regionais.

“Levando em conta que temos uma carga tributária alta e todo esse percurso acaba encarecendo os produtos, uma questão importante é que a cesta básica do belemense tem suas peculiaridades, como o açaí, que não entra na base de cálculo da cesta, ou seja, não reflete exatamente como é composta a cesta básica do paraense. Mas os demais produtos acabam custando mais por não serem produzidos em nosso estado a ponto de atender a demanda interna”, explica.

Em doze das 17 das capitais brasileiras, o preço da cesta básica caiu. As maiores reduções foram registradas em Campo Grande (-4,67%), Brasília (-3,72%), Belo Horizonte (-3,16%), Vitória (-2,46%) e Goiânia (-2,45%). Já a capital onde ocorreu a maior alta no mês foi João Pessoa (2,69%), seguida por Curitiba (2,33%), Natal (2,19%), Belém (1,11%) e Porto Alegre (1,03%).

Dólar

A alta do dólar é um dos fatores que mais contribuíram para o encarecimento dos alimentos, segundo Hellen, somado ao aumento dos combustíveis, “que pressiona a inflação a subir”. “É mais vantajoso vender para fora do país do que atender ao mercado locais, com isso, o preço de algumas commodities fica mais alto no mercado internacional”, diz a especialista.

“O que acaba ocorrendo (com a alta da cesta básica) é uma mudança nos hábitos dos consumidores, que passam a substituir os alimentos que apresentam maior alta. Se a carne está mais cara, passa-se a consumir mais frango, no caso daqueles consumidores que não tem como absorver os aumentos. Isso faz com que reduza a procura de alguns produtos, até que voltem ao preço acessível novamente, mas é obvio que como o aumento no salário-mínimo não acompanha a variação da inflação, o belenense acaba ficando com menos dinheiro no bolso e tendo que procurar alternativas para garantir seu sustento, sejam elas para aumento de renda ou redução de custos”, completa a economista.

A cesta básica mais cara do país é a de Florianópolis, com custo médio de R$ 639,81. A mais barata é a de Aracaju, com custo médio de R$ 445,90.

Com base na cesta mais cara, a de Florianópolis, o Dieese estimou que o salário-mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência seria de R$ 5.375,05, o que corresponde a 4,89 vezes o salário mínimo vigente, de R$ 1.100.

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Economia
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