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Preço do café cai nas prateleiras, mas não no cafezinho da padaria

Produto teve uma redução de 13% em relação há um ano, segundo pesquisa

Abílio Dantas
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O preço do café, nos últimos 12 meses, registrou queda de 13%. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apesar da baixa, o valor do conhecido cafezinho não apresentou diferença em feiras e panificadoras.

Em fevereiro de 2018, o quilo do café foi comercializado em supermercados da capital paraense, em média, a R$ 20,32. No entanto, durante o mesmo mês, neste ano, o preço baixou para R$ 17,69; apresentando a marca de 13% de diferença. Em comparação com janeiro deste ano, a baixa foi de 2,37%; passando de R$ 18,12 para R$ 17,69.

"Sem dúvida, houve baixa do preço de todas as marcas de café nos supermercados de Belém. Para você ter uma ideia, já chegamos a vender a R$ 4,69, e agora, a mesma marca, está a R$ 4,14", afirma o presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal. Para o empresário, o aumento da produção nas propriedades agrícolas é o principal motivo para a retração. "Quando a produção passa por um bom momento, ocorre um equilíbrio entra a oferta e a procura, por isso o preço é estabilizado. O preço do café vem seguindo essa tendência de queda", observa.

Nas esquinas da cidade, no entanto, o consumidor não encontrou diferença no valor do cafezinho. O comerciante Silvio Borges, 42 anos, trabalhador da Feira da 25, afirma que nos atacadões, onde ele compra café, o produto ficou mais barato. Porém, isso não significou uma mudança no preço praticado na feira, segundo o vendedor. "Continuamos a vender a R$0,50, pois acredito que seja um preço justo e acessível a todos. Em alguns lugares da cidade, você encontra a R$ 1,00, até R$ 2,00", compara. Em alguns cafés do centro da cidade, pode chegar a R$ 7,00.

A dona de casa Francisca Viana não identificou a baixa do café, em seu cotidiano. "Em minha opinião, está na mesma média. Costumo comprar a mesma marca sempre, nos supermercados, e não acredito que tenha ocorrido um barateamento. Não ficou nem mais caro, nem mais barato, na minha opinião", avalia.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado do Pará (Sindipan), André Henrique de Castro Carvalho, nega que as mudanças de valor do produto representem flutuação significativa para o desempenho do setor. "Café não é um produto que causa impacto nos custos das panificadoras, como o trigo, leite, queijo", argumenta. Por isso, segundo ele, os proprietários de panificadoras e confeitarias não teriam feito alterações do preço da bebida.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a queda do preço nos supermercados estaria ligada ao alto nível de produção em 2018. De acordo com a entidade, as cotações têm sido influenciadas pelo movimento do mercado internacional.

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Economia
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