#if(!$m.request.preview.inPreviewMode)
CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X
#end

Praga sem controle pode afetar drasticamente o cacau do Pará, avalia associação

Audiência Pública realizada pelo Senado Federal tratou sobre a monilíase do cacaueiro e os impactos na produção brasileira, em especial, a paraense

O Liberal
fonte

“É uma praga devastadora. Se ela chegar nos estados produtores, é o fim da cacauicultura brasileira”, afirmou Vanuza Barroso, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cacau (ANPC). A fala foi feita durante audiência pública realizada ontem, 11, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal e que tratou sobre a prevenção da praga monilia na lavoura cacaueira do Brasil e a construção de barreiras sanitárias.
A audiência pública foi solicitada pelo presidente da CRA, senador Zequinha Marinho (Podemos-PA).

O parlamentar tem cobrado do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) medidas mais eficazes para combater os focos de monilia e evitar que a doença chegue até os estados produtores. “O Pará é o maior produtor de cacau do Brasil. Essa cadeia produtiva é muito importante não somente para a economia de muitos municípios, como também para conter o desmatamento ilegal. O cacau é produzido em sistema agroflorestal, proporcionando diversos benefícios ambientais e socioeconômicos”, comentou.

VEJA MAIS

image Adepará proíbe trânsito e comércio de materiais vegetais de estados com focos de monilíase
Praga causada pelo fungo Moniliophthora roreri ataca frutos do cacau e do cupuaçu

A Fundação Solidariedad, que trabalha oferecendo assistência técnica aos produtores de cacau no Pará, estima uma perda de 70% na renda bruta dos cacauicultores, caso a praga se espalhe sem controle nos estados produtores. Projetando um cenário em que haja um controle mínimo, as perdas poderiam chegar até 60% e, para um cenário de controle eficiente, a redução seria de até 30%.

“Para todos os casos, existem perdas bastante significativas na renda bruta dos produtores. No melhor dos cenários, a renda do produtor seria impactada em 30%. Além disso, os esforços para a redução da taxa do desmatamento seriam severamente atingidos, algo difícil de ser calculado”, explicou Paulo Lima, gerente do Programa Amazônia, da Fundação Solidaridad.

O primeiro foco de monilíase do cacaueiro no Brasil foi detectado em 2021, no município de Cruzeiro do Sul (AC). “Essa doença está restrita a dois municípios, num raio máximo de 20 quilômetros do ponto inicial dessa praga no Brasil. Quando a gente pensa numa praga, fungo, que está há 4 anos no Brasil e ela só tá num raio de 20 quilômetros isso demonstra o sucesso da ação de supressão que está sendo feita naquela região”, analisou o coordenador-geral de Proteção de Plantas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Ricardo Hilman.
Além do Acre, foram detectados focos de monilíase no município de Tabatinga (AM), na tríplice fronteira do Brasil, Peru e Colômbia, e em Uricurituba (AM), a 1.200 quilômetros da fronteira e a 7 horas de distância da divisa com o Pará.

Para conter o avanço da doença e continuar com o trabalho de supressão da praga, o MAPA anunciou que deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional uma nova medida provisória para suplementação orçamentária do ministério para atender as ações de emergência sanitária, em especial a monilíase e a gripe aviária.

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA