CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Pesquisa revela que 44% dos paraenses pretendem comprar mais em 2023

De acordo com a Fecomércio, a Intenção de consumo para janeiro cresceu 6,2%

Daleth Oliveira
fonte

É possível que nos primeiros meses de 2023 os consumidores paraenses façam mais compras. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa feita pela Federação do Comércio do Pará (Fecomércio-PA), apontou que em dezembro do ano passado, 44,2% das famílias pretendiam aumentar a quantidade de compras nos meses seguintes. Para o mês de janeiro, a tendência é de aumento de 6,2% no consumo.

O levantamento deu conta que 35,9% dos entrevistados pretendiam consumir menos e 16,8%, manter o mesmo nível de consumo nos próximos meses. “No mês de janeiro de cada ano, as vendas são movimentadas pelo retorno às aulas, com compras referentes à material escolar, uniformes, vestuário, calçados, mochilas, além das ofertas e promoções que o comércio realiza para mudança de estoque”, analisa da federação.

Por outro lado, a entidade também aponta fatores que podem inibir a concretização dessa perspectiva: as despesas anuais características de cada início do ano como as gastos com materiais escolares, matrículas, pagamento de tributos, taxas e impostos, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) e outros. 

“Além do endividamento das famílias, que está em 61,9% decorrente das compras parceladas efetuadas anteriormente, cujas parcelas mensais já comprometem 30% da renda dos consumidores, segundo Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Esse conjunto de fatores, mais o cenário econômico e as dificuldades dos consumidores, limitam elevadas taxas de aumento nas vendas, embora a perspectiva seja positiva”, pondera a Fecomércio.

Análise

O economista Mário Tito explica que as decisões de consumo obedecem a dois tipos de variáveis: necessidade e expectativa. “Nós consumimos algo quando temos necessidade, e quanto mais urgente ou básica é essa necessidade, menos a gente pensa nas questões de renda. Pois se a necessidade é imediata, não tem como analisar muito a capacidade de compra, o mais importante é manter a qualidade de vida”, diz o especialista.

“O consumo também recebe influências fortes das expectativas, e nesse caso, o cenário e poder de compra é melhor analisado. Essas duas variáveis influenciaram a pesquisa de intenção de consumo para 2023. Ou seja, a população percebeu que a situação do País pode ter mudanças positivas, como por exemplo com o aumento do salário mínimo, mantimento do Auxílio Brasil, que agora volta a ser Bolsa Família. Todas essas situações geram expectativa positiva”, esclarece Tito.

Mário completa atrelando o aumento da intenção de compras à credibilidade do governo Lula. “Por outro lado, toda relação de consumo está relacionada diretamente com a questão da credibilidade e no  início de um novo governo, é gerada uma maior credibilidade que você se prepara para uma prospecção de consumo. E na pesquisa vemos que as pessoas com menor faixa de renda entenderam que este é um momento em que se pode consumir mais um pouco”, finaliza o economista.

Perfil dos entrevistados

Dessa variação, os consumidores com renda de até dez salários mínimos colaboraram com o crescimento de 6,8% no índice, enquanto os que ganham mais que isso, com 2,1%. O índice varia de 0 a 200, sendo satisfatório quando fica acima de 100, e mede a percepção que as famílias têm sobre seu nível futuro de consumo em curto e médio prazos.

A pesquisa também fez um apanhado sobre a avaliação da população em relação à renda atual. Do total dos entrevistados, 23,1% disseram que a renda está melhor do que no ano passado; 42,2% afirmaram que está pior; e 33,8% considerou igual.

Em relação ao acesso ao crédito, a proporção das famílias que acreditam que comprar a prazo está mais difícil foi de 44,7%; 29% para “mais fácil”, e 16,6% para “igual ano passado”. Para a Fecomércio, as elevações da taxa Selic e das demais taxas praticadas no mercado, que ocorreram ao longo de 2022 e encarecem o crédito e empréstimos, influenciaram esse resultado.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA