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Período de chuvas no Pará divide realidade de empresários que trabalham com delivery de comida

Enquanto uns precisam se adaptar a realidade para não ter prejuízos, outros centrem aumento de 30% nas vendas

Camila Azevedo
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O período de chuvas no Pará, conhecido como inverno amazônico, tem sido sentido de diferentes formas entre os donos de restaurantes de Belém quando o assunto é delivery. Enquanto uns afirmam ter aumentos de até 30% no fluxo de pedidos para entrega durante a época, outros precisam inovar para evitar os prejuízos causados pelo baixo movimento e garantir que, ainda com as dificuldades do momento, o lucro seja certo. 

A estratégia que Kleydi Muniz, de 39 anos, encontrou para não ter tantas perdas no restaurante de comida japonesa em que é dona foi apostar em promoções e taxas de entrega grátis. “Nessa época, sinto uma diminuição. Por isso, no delivery, estamos trabalhando sem taxas para atrair os clientes e sem comprometer o valor do entregador”, afirma a empresária.

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O ponto físico do estabelecimento, que fica localizado no centro de Belém, também é prejudicado. “Nosso faturamento é menor e temos que passar a trabalhar com estratégias de vendas para atrair os clientes. Como a locomoção das pessoas fica difícil nessa época devido às enchentes, com chuvas fortes, tivemos dias com uma mesa apenas, por exemplo. Por isso nossas promoções nesse período chegam a 20% de desconto”, completa.

Dono de restaurante diz sentir aumento nas vendas

Já para Gabriel Rosário, de 35 anos, a realidade é outra: o empresário, que possui um estabelecimento de comida popular na avenida João Paulo II, diz sentir um aumento de 30% nas vendas durante o período de chuvas. “Dependendo do dia da semana, temos mais de 30% de vendas. As chuvas não atrapalham o fluxo presencial e a quantidade de entregadores não aumenta, só o período de espera que é prolongado”, relata.

Gabriel analisa que na época das chuvas no estado, o movimento no ponto físico do restaurante não muda. Porém, ele se preocupa com a segurança dos motoqueiros que o ajudam nessa rotina, uma vez que os riscos de acidente tendem a crecer. “Como meu restaurante é popular e fica em um local de fácil acesso, meus clientes, que são pessoas que trabalham na rua, como entregadores, caminhoneiros, alguns pedreiros e etc, vão normalmente. O ponto negativo é que, por mais que haja esse aumento [de pedidos], fica mais perigoso para o motoboy e para o estabelecimento”, ressalta.

Motoboy também vê diferença

Thiago Otoniel, de 22 anos, é motoboy em dois estabelecimentos de venda de comidas e destaca que, com o período de chuva no Pará, vem a recuperação da demanda, que fica baixa na época do carnaval. “Depois do carnaval, o fluxo de pedidos demora um pouco para voltar, mas aumenta com a chuva, principalmente à noite. Esse é o melhor cenário para alguém que está fazendo delivery”, conta.

Em média, por dia, são 10 pedidos, independente de chover ou não. Mas, de noite, essa quantidade passa dos 15 quando tem chuva. “É uma faca de dois gumes, porque ao mesmo tempo em que você ganha mais dinheiro, porque faz mais corridas, tem mais riscos de sofrer acidentes, passar por uma rua alagada e ter a moto estragada. Mas, a recompensa é chamativa, já que, de fato, o dinheiro é maior”, finaliza Thiago.

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