Paraenses são adeptos da entrega de comida por delivery

O Brasil é um dos países onde essa modalidade mais cresceu em todo o mundo

Elck Oliveira
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O Brasil é um dos países onde mais se pede comida por delivery no mundo. Estudo divulgado pela consultoria Kantar mostra que o índice de consumidores que aciona o delivery uma ou mais vezes por semana subiu de 18% em 2021 para 28% neste ano. Um hábito que nasceu com as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, mas que parece ter caído no gosto dos brasileiros e dos paraenses, embora seja necessário ter alguns cuidados para não arruinar as finanças, alertam os especialistas. 

O fimmaker Rodrigo Braga, de 25 anos, conta que começou a intensificar os pedidos de comida via delivery um pouco antes de estourar a pandemia do Coronavírus, por uma questão de praticidade mesmo. Depois, virou necessidade, em função do fechamento de muitos estabelecimentos comerciais. “Naquela situação, sem dúvida, era mais prático usar o aplicativo de delivery. Hoje, em média, três vezes por semana eu peço algum tipo de refeição, seja durante o almoço ou jantar. Pela vida corrida de trabalho acaba sendo uma boa saída também”, explica.

Para evitar os gastos exagerados, Rodrigo sempre está de olho nos cupons de descontos e promoções praticadas pelos restaurantes cadastrados nas plataformas de delivery. “Os cupons de desconto me ajudam bastante na hora da compra. Priorizo a qualidade sim, mas as lojas que aceitam os cupons são as que eu mais consumo. Juntando a minha conta com a da minha esposa, somamos quase R$ 900,00 (novecentos reais) de economia nos últimos meses, somente usando cupons”, calcula. 

Essa, aliás, parece ser uma tática comum por quem costuma utilizar muito o delivery. A jornalista Karine Sued, de 30 anos, mora em Altamira, no sudoeste do Estado, e também consome bastante comida por meio de aplicativo. Durante uma semana, ela chega a fazer de quatro a cinco pedidos, às vezes, mais de um por dia. Os gastos dela, por mês, giram em torno de R$ 500 a R$ 600 com esse tipo de pedido. 

“Pelo fato do meu tempo ser muito corrido, de atender clientes, e, às vezes, ter que chegar em casa e ainda continuar trabalhando, então, eu acabo optando pelo delivery por ser mais rápido. Não ter que levantar, parar o que você está fazendo e ir fazer comida, acaba sendo um pouco mais rápido. Mas eu sempre busco as promoções mesmo. O aplicativo que eu uso aqui em Altamira dá alguns descontos por meio de cupons que eles lançam. Já cheguei a pegar promoções que davam um desconto de até 25%, então, às vezes, vale muito a pena”, conta. 

O engenheiro agrônomo Denilson Barreto, de 25 anos, é chamado, pelos amigos, de “o rei dos descontos”. Ele utiliza essas plataformas não apenas para pedir comida, mas outros tipos de produtos também, como medicamentos e itens de supermercado. “Muitas vezes, devido os cupons oferecidos, eu já fiz compras de supermercados e de farmácias, com ofertas tentadoras, pelos aplicativos. Eu acabo comprando pelo delivery porque sai bem mais em conta do que ir ao supermercado ou à farmácia comprar o produto”, explica. 

Para ele, a comodidade e o conforto de poder pedir de casa são primordiais para continuar a utilizar o delivery, mas com parcimônia. “Devido à facilidade, a gente acaba se acostumando mal e querendo usar todos os dias. Por isso tem que manter sim um certo controle”, ensina. 

Divisão - O economista Genardo Oliveira concorda com Denilson. Para o especialista, é preciso estabelecer um percentual de gasto mensal com alimentação. Para ele, em alguns casos, é mais vantajoso utilizar o delivery para pedir comida, em outros, é melhor cozinhar em casa. “A melhor regra para esta situação é dividir por três a renda familiar. Cerca de 50% devem ser utilizados em gastos essenciais, como alimento, moradia, saúde, transporte e educação. Outros 15% devem ir para prioridades financeiras, como investimentos, fundos de reservas emergenciais, quitações de parcela de dívidas e plano da previdência. Por fim, 35% devem ser para despesas com estilo de vida, como academia, lazer, restaurantes, cinemas e cuidados pessoais, ou seja, este tipo de gasto está presente dentro destes 35% da renda familiar”, analisa.

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