Pela sexta vez consecutiva, pescado fica mais barato em Belém

Espécies que tiveram as maiores quedas em setembro foram pratiqueira, pirapema, pacu e peixe pedra

Elisa Vaz
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O pescado comercializado nas feiras e mercados municipais de Belém ficou mais barato pela sexta vez consecutiva. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Departamento intersindical de Pesquisa e Estudos Socioeconômicos (Diesse), em parceria com a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon), a maioria das espécies teve queda de preço no mês passado, com destaque para a pratiqueira (-15,03%), pirapema (-14,91%), pacu (-11,98%) e peixe pedra (-10,87%). Outros peixes que ficaram mais baratos foram dourada (-5,89%), aracu (-5,83%), mapará (-5,48%), curimatã (-4,44%), filhote (-3,38%), tamuatá (-3,31%), arraia (-1,69%), gurijuba (-1,09%) tambaqui (-1%), cachorro de padre (-0,63%) e corvina (-0,13%).

Secretário municipal de economia, Apolônio Brasileiro diz que a sequência de quedas no preço do pescado “tem sido recorrente devido ao período favorável das marés e a própria sazonalidade, que garantem a grande oferta do produto nos mercados municipais. Por isso, este é o momento da população aproveitar para consumir o nosso pescado, já que é comum haver variações ao longo do ano”. Já o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, afirma que, apesar de ser a sexta queda consecutiva nos preços dos pescados comercializados nos mercados municipais, de janeiro a setembro de 2022, a maioria das espécies pesquisadas teve alta, boa parte com reajustes superiores à inflação do período.

Pela análise do órgão, os recuos mais significativos nos nove primeiros meses do ano foram da arraia (-6,99%), piramutaba (-6,26%), corvina (-5,42%), mapará (-4,58%) e peixe pedra (-4,41%). Por outro lado, ficaram mais caros o tucunaré (36,45%), camurim (35,48%), pacú (33,13%), sarda (20,96%), tamuatã (20,43%) e bagre (20,39%), entre outros. Já a análise dos últimos doze meses, em comparação com setembro do ano passado, também mostra que, em média, os preços ficaram mais altos, com reajustes que também superam a inflação, calculada em 7,19% para o mesmo intervalo. Apenas a pirapema (-18,75%), tambaqui (-3,61%) e arraia (-3,12%) ficaram mais baratas. E os maiores reajustes foram do surubim (42,54%), bagre (36,77%), tamuatã (27,07%), pacú (26,24%), camurim (24,08%), sarda (22,94%) e gurijuba (22,39%).

Queda

A redução de preços na maioria das espécies de pescado foi notada por trabalhadores de um supermercado de Belém. O vendedor Danillo Malcher afirma que os valores estão mais baixos desde setembro, principalmente do filhote, cujo quilo custa R$ 28,7, além da dourada, que custa R$ 21, e da pescada branca, R$ 12,9. "Essa última tava uns R$ 16 ou R$ 17 aqui, então diminuiu bastante. E o filhote ficou mais barato porque tá na época dele, e sempre fica mais barato nesse período do ano", ressalta. Com a queda de preços, Danillo afirma que os consumidores estão comprando mais, movimento que deve continuar até o final do ano, principalmente por causa da "terça do pescado", dia de promoção. As espécies mais vendidas pela empresa são tambaqui, dourada, pescada branca e gurijuba.

Serígrafo, Jonas Almeida, de 42 anos, acha o contrário: para ele, os preços de pescado não ficaram menores. "Acho que é o mesmo valor ainda, não baixou nada desde três meses atrás. Na verdade, tem aumentado um pouco. Eu compro mais fora do supermercado porque é mais barato, na feira, Ver-o-Peso", diz. O que ele mais compra é a espécie dourada, pelo menos uma vez na semana.

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