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Calor de julho ajuda retomada do mercado de sorvetes em Belém

Apesar do clima, região Norte foi a que menos consumiu sorvete no Brasil em 2020

Eduardo Laviano

Não faltam opções de sorvetes em Belém e o calor de julho acaba fazendo a procura por eles aumentar. "Muitas pessoas param por aqui sem terem planejado nessa época. Com o calor, né? Passa, olha, entra. É comum. As vendas aumentaram, mas não se compara a último julho antes da pandemia, em 2019", afirma Emerson Moraes, gerente de uma sorveteria da capital paraense, umas das10 mil empresas ligadas ao setor no Brasil.

Além do calor, a retomada dos comércios tem ajudado a sorveteria onde ele trabalha a aumentar o faturamento. Atualmente seis funcionários trabalham no estabelecimento e há a expectativa de contratação de outros. O setor representa 6,2% da indústria de alimentos mas emprega apenas 1,7% do total da mão de obra formalmente absorvida pela indústria de alimentos. 

Em 2020, os brasileiros consumiram 1,050 milhões de litros de sorvete, uma retração tímida em relação aos números de 2019 (1,107 milhões de litros) quando se pensa nas quedas de outros setores. A região Norte, porém, é a que menos consome sorvete: só 5% de toda a produção nacional, inclusive do ponto de vista proporcional.

Emerson conta que a pandemia abalou o comércio, mas que a adaptação para criar um sistema de entregas fortes trouxe muitos ensinamentos.

"Ainda não voltou ao que era antes da pandemia, mais estamos confiantes na melhora. Fizemos um banner enorme para informar sobre as entregas, começamos a atender em todas as plataformas de entrega e até pelo WhatsApp. Foi tudo muito novo mas saímos fortalecidos", afirma Moraes.

Na opinião dele, o mercado em Belém é muito competitivo e, por isso, é preciso apostar na criatividade para pensar em novos sabores e misturas. O sucesso do local, segundo ele, é o sorvete de abacaxi com vinho.

O surgimento de novos tipos de sorvete, com variações como premium, gourmet, orgânicos, veganos, sorvetes funcionais e com vitaminas deve fazer o mercado crescer cerca de 81%, segundo pesquisa da Mintel.

Silmar Lagoia é cliente antigo da sorveteria onde Emerson trabalha e conta que sorvetes diferente sempre o atraíram, especialmente os mais leves.

"Hoje em dia tem muitos sorvetes densos. Há quem goste, mas não é o meu tipo preferido. Aqui eu gosto mais dos sabores leves e também ando adquirindo conhecimento da produção artesanal, com produtos naturais e com baixo teor de gordura. O ambiente é legal também. Os sorvetes de Belém não chegam a ser tão caros, considerando a qualidade que é reconhecida, mas é um preço que está se elevando de uns anos para cá, por conta da economia nacional", opina ele, que ao longo da pandemia retirava os pedidos na porta sem nem precisar sair do carro.

Nos últimos anos, o consumo de sorvetes no Brasil cresceu constantemente, segundo pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes. O volume saltou de 686 milhões de litros em 2003 para 1 bilhão em 2016, com destaque para 2014, que teve uma alta de consumo de 1,3 bilhão. O país é o 10º maior produtor mundial e o 11º maior consumidor. O faturamento do setor é estimado em 13 bilhões de reais por ano. 

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Economia
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