Pará pode ser prejudicado em milhões com acordo entre EUA e China

De acordo com a Faepa, a soja paraense pode ser direcionada para o mercado europeu

Abílio Dantas
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O acordo comercial assinado entre EUA e China na semana passada, que estabelece a compra de mais de R$ 2 bilhões em produtos americanos pelos chineses nos próximos dois anos, deve provocar o recuo inicial de, pelo menos, 10 milhões de toneladas da soja brasileira exportada para a China. A queda deve afetar o agronegócio paraense, já que a soja representou 30%, o equivalente a U$ 567 milhões, do valor total exportado pelo Estado (U$ 1,8 bilhões) no setor em 2019, o que a coloca em primeiro lugar no ranking das exportações.

De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), a produção de carne do Pará, por outro lado, pode aumentar suas vendas para China neste ano, pois em 2019 quatro plantas frigoríficas paraenses foram habilitadas pelo governo chinês. O aumento das relações com o país asiático foi motivado pelo surto de peste suína africana, que já atingiu pelo menos 20% do rebanho de suíno chinês.

A assessora técnica da Faepa, Eliana Zacca, afirma que “o grande vigor do agronegócio paraense está na produção de carne”, mas também demarca que a soja paraense, que teve crescimento de 572,6% no período de 2010 a 2018, não entrará em decadência no mercado exportador em razão do acordo entre americanos e chineses.

“Há grandes possibilidades de redirecionamento da soja brasileira para outros mercados, principalmente o europeu, compensando as perdas da exportação para China. Mas, ainda para a China, a oferta brasileira terá alta demanda no primeiro semestre, quando ocorre a colheita por aqui, enquanto no segundo semestre os EUA devem passar a ter dominância, quando ocorre a colheita americana e o país ganha força competitiva em termos de preço”, compara.

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