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Pará fechou 2022 com redução de 22% no desemprego, aponta IBGE

Levantamento do IBGE mostra que último trimestre de 2022 registrou 103 mil desempregados a menos que o mesmo período em 2021

Daleth Oliveira
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Mais de 100 mil paraenses saíram do desemprego, no comparativo do último trimestre de 2022 (outubro a dezembro) e mesmo período de 2021. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada ontem (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números representam uma redução de 22,8% na taxa de desocupação no Pará.

Na comparação, o Pará saiu de 450 mil pessoas desempregadas para 347 mil, uma diferença de 103 mil trabalhadores que conseguiram um emprego. Entre elas, a manicure Ana Cristina, 44, de Ananindeua. Ela ficou um ano sem uma ocupação formal e, em janeiro, começou a trabalhar em um salão do Shopping Bosque Grão Pará.

“Nesse período, eu fiquei sem emprego, mas não sem trabalho. Estive atendendo minhas clientes em domicílio. Eu cheguei a procurar outros empregos, mas só apareceu pro centro de Belém e eu estava focada em trabalhar mais perto de casa. Até que soube dessa vaga aqui, enviei meu currículo, fiz entrevista, teste e fui contratada”, relata a manicure.

Apesar de ter ficado um longo período sem a carteira assinada, Ana afirma que não está difícil arrumar um emprego na sua área. “Na beleza, nunca é difícil. Esse mercado cresceu muito e segue em expansão. Então, sempre há vagas. Mas para se destacar, acredito que o ideal é fazer diversos cursos para abrir o leque de oportunidades e não depender de apenas um tipo de vaga. Eu, por exemplo, trabalho hoje com podologia, mas também tenho certificados de alongamento e designer de unhas. Isso é um diferencial”, afirma Ana Cristina.

Em uma clínica médica da Pedreira, em Belém, William Nascimento, 36, que conseguiu uma recolocação de trabalho recentemente. Ele procurou vagas na sua área por dois meses e hoje, atua como gerente comercial da empresa.

“Minha carteira de trabalho não estava assinada desde setembro de 2020. Depois disso, foquei no meu próprio negócio, mas decidi parar ano passado para descansar e curtir minha família. Foi então que em dezembro, comecei a minha busca por um novo emprego e comecei dia 1º de fevereiro aqui na Unineiro”, conta William.

Ele conta que o período de busca foi difícil, o fazendo ficar aflito com tantas entrevistas e quase nenhum retorno positivo das empresas. “Quando comecei a missão, fiz vários cadastros em vagas de site de empregos e participei de diversos processos e entrevistas. Quando estava começando a ficar angustiado, consegui e o sentimento foi de satisfação”, disse.

“O mercado de trabalho está complicado. Vejo que está difícil para todo mundo. Muitas vagas com remuneração que não condizem com o cargo. No meu caso, vi alguns querendo pagar salário de assistente pra gente desenvolver funções de gestor”, finalizou William.

Ocupados do Pará

Entre outubro e dezembro de 2022, foram registrados 3.868 milhões empregados no Estado, um crescimento de quase 5,9%, em relação ao mesmo período de 2021. Destes, cerca de 59,7% estão na condição de empregado com carteira assinada; 30,97% trabalham por conta própria; 4,9% se identificam como trabalhador familiar auxiliar; e 4,9% são empregadores.

Ao divulgar o levantamento, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) pondera que mesmo com as evoluções recentes nos níveis de ocupação, inclusive com crescimento a geração de empregos com carteira assinada, o Brasil encerrou o 4º trimestre do ano passado com cerca de 8,6 milhões de desempregados.

“Infelizmente, parte da redução do total de desocupados em todo o Brasil, também está sendo puxada pelo crescimento do chamado mercado informal, além dos efeitos de uma conjuntura de inflação forte, juros altos e preços elevados. Mesmo com a economia buscando sua retomada, os salários e a qualidade dos empregos gerados ainda acontecem muitas das vezes em condições precárias”, analisa a entidade.

 

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