CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

ONG gasta quase R$ 2 milhões do Fundo Amazônia com treinamento de 17 técnicos

CPI das ONGs diz Imazon fechou contratos generosos com ex-diretora

O Liberal
fonte

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI das ONGs) que investiga o terceiro setor na Amazônia, a fim de, entre outros objetivos, dar mais transparência a distribuição de dinheiro do Fundo Amazônia, informou que, em 2019, o Instituto do Homem e Meio ambiente da Amazônia (Imazon) recebeu quase R$ 2 milhões, do Fundo Amazônia, para capacitar 17 técnicos em um curso de geotecnologia. Ou seja, cada um custou 120 mil reais. As informações foram publicadas em primeira mão pelo site Revista Oeste.  

Na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais um curso semelhante ao do Imazon custa quase R$ 5,5mil; e na Universidade do Agro, o valor da especialização em geotecnologias em educação ambiental é inferior a R$ 1,3 mil.

Conforme apurado pela CPI, a maioria dos recursos que abastece o Fundo Amazônia, criado em 2008, vem da Noruega, Alemanha e de uma pequena contribuição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social que também administra o dinheiro. Conforme a CPI, os recursos do estrangeiro devem ser usados em benefício de comunidades indígenas locais.

Imazon no foco da CPI

O Imazon é uma das ONGs que estão na mira da CPI. A Comissão levantou, por exemplo, que a ex-diretora do Imazon fechou contratos generosos com a própria organização.

A pesquisadora Brenda Brito, do Imazon, fechou contratos de mais de R$ 225 mil com o próprio Imazon em 2013, no ano seguinte ao da saída dela da ONG. Ela ocupava o cargo de diretora executiva.

Brenda recebeu 160 mil reais em 2013 para produzir relatórios de regularização fundiária de interesse da ONG. Durante uma audiência em setembro na CPI das ONGs, a diretora do Imazon, Ritaumaria Pereira, admitiu que o Instituto não conseguiu acabar com a miserabilidade dos indígenas.

O Instituto existe desde 1990. Do Fundo, nos últimos anos, a ONG recebeu R$ 40 milhões para desenvolver projetos em prol da região.

Abin monitorou o Imazon

Em agosto deste ano, relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) citaram o Imazon como "a serviço dos Estados Unidos", em virtude dos monitoramentos da Amazônia feitos via satélite pela ONG.

A ONG utiliza técnicas desenvolvidas para detectar, quantificar e monitorar por meio de imagens de satélites, estradas, comunidades tradicionais e tipologias florestais, entre outros aspectos, diz a Abin". “Com financiamento estadunidense, o Imazon vem monitorando o espaço geográfico brasileiro. O sensoriamento remoto é feito por meio de satélites do projeto Landsat pertencentes aos Estados Unidos".

Governo barra convocação de Marina Silva

Uma articulação de governistas na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara transformou a convocação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em um requerimento de informação para explicar o elo com a ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia.

O acordo foi firmado por dois vice-líderes do governo Lula na casa: os deputados Rubens Pereira Júnior (PT Amazonas) e Josenildo Abrantes (PDT Amapá) para "desobstruir a pauta" da Comissão.

Na semana passada, os deputados Carlos Jordy (PL Rio de Janeiro), Eduardo Bolsonaro (PL/São Paulo), Nicolas Ferreira (PL/Minas Gerais) conseguiram aprovar a ida obrigatória de Marina. O trio embasou o pedido.

No entanto, a convocação foi anulada, e agora, o Ministério do Meio Ambiente terá 30 dias para enviar por escrito os esclarecimentos pedidos pelos parlamentares.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA