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No Pará, taxa de endividados sobe de 68,5% (junho) para 69,3% em julho deste ano

Cartão de crédito lidera os débitos (83,2%)

O Liberal
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A taxa de endividamento de famílias no Pará, que informaram ter dívida a vencer, cresceu de 68,5% em junho/25 para 69,3% em julho/25. O percentual apresenta um leve aumento, ainda assim, é menor do que a média do país, que em junho ficou em 78,5%. 

Os dados são da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Pará) e mostram as dívidas a vencer em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado, prestações de carro e casa). Aliás, o cartão de crédito lidera os débitos (83,2%).

Por faixa de renda, os consumidores com renda de até 10 salários mínimos (sm) ampliaram a taxa de endividamento de 70,2% em junho/25 para 71,3% em julho/25.

Na faixa acima de 10 salários mínimos, as taxas de endividamento caíram de 53,5% para 50% de famílias com dívidas, entre os meses de junho e julho de 2025. Mas, em relação a 2024, houve aumento expressivo no endividamento das famílias de 15,3%: em julho de 2024 era de 45,3% e em julho deste ano passou para 50%.

Inadimplência

A inadimplência na comparação mensal, também aumentou de 22,3% em junho 25 para 23,1% em julho /25. As famílias com renda até 10 sm, registraram alteração na inadimplência, de 22,8% em junho de 2025 para 23,5% em julho/25 e as com remuneração de mais de 10 salários mínimos, apresentaram também elevação de 17,4% para 18,6%.

Também preocupante, enfatiza a Fecomércio, são os inadimplentes que informaram não ter condições de pagar as contas atrasadas no mês seguinte, ou seja, colocar as contas em dia: cerca de 6,7% dos inadimplentes devem permanecer inadimplentes.

"O que causará as limitações de crédito, com efeitos para o consumidor e também para as atividades comerciais, pois influencia negativamente nas possibilidades de venda”, frisa a federação.

Dívidas comprometem entre 31% e 33% da renda familiar

Segundo a Fecomércio, 32% da renda das famílias está comprometida com dívidas, pelo menos nos próximos seis meses, e esse percentual está acima do limite prudencial.

“Os consumidores com renda acima de 10 sm, mensais, destinam 33,1% da renda disponível para pagar as parcelas das dívidas. Já os de renda abaixo de 10 sm, comprometem 31,9%. Em parte, esta taxa é menor do que a taxa anterior, devido a menores possibilidades de acesso ao crédito”, informa a entidade.

O tempo médio dos atrasos ficou em 63 dias, igual ao tempo registrado no mesmo mês do ano anterior. A federação enfatiza que mais de 46% dos inadimplentes estão em atraso por mais de 90 dias.

"Usufruir do crédito não é totalmente negativo, desde que seja necessário e não incorra em juros e comprometimento da renda, assim como não ultrapasse a capacidade mensal de pagar as parcelas para não se tornar inadimplentes etc”.

De acordo com a entidade, “comparada ao resultado do ano anterior, a taxa média de juros cobrada aos consumidores apresentou evolução pelo quinto mês, confirmando a necessidade de mais cuidado com a inadimplência e percentual das famílias que não terão condições de pagar as contas atrasadas”.

"Importante observar as taxas de juros cobradas nas compras no cartão de crédito e sobretudo incidentes sobre os pagamento sem atraso, por isso, é necessário planejar e organizar as finanças de acordo com a capacidade de pagamento e limitações orçamentárias, para não deixar atrasar os pagamentos”, conclui a federação.

Veja o cenário de endividamento no Pará:

ANO                    JAN/2025       FEV/25  MAR/25  ABR/25  MAI/25  JUN/25  JUL/25  JUL/24

Endividados (%)  69,4%             69,3%    77,1%    68,6%    68,4%    68,5%   69,3%    68,8%

Contas em Atraso 20,3%           20,6%     28,6%    22,5%    22,2%   22,3%    23,1%     24,4%

Não Terão Condições de Pagar 6,2%      6,2%     12,2%     7,1%    6,5%       6,2%      6,7%  6,3%

Tempo Médio em Atraso (em dias) 61      61          65           64         65            64         63       63

Parcela da Renda Comprometida 32,6%  32,5%   29,9%    32,6%   32,3%     32%      32%     32,9%

Fonte: CNC / FECOMÉRCIO-PARÁ.

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