Grupo Liberal conquista Prêmio Ampla de Jornalismo
Jornalistas do Jornal O Liberal e da TV Liberal, emissora afiliada da Globo, são os primeiros lugares da premiação, em Belém
Profissionais da imprensa e de outros segmentos, como advocacia, meio ambiente, academia, prestigiam, em Belém, na noite desta quarta-feira (3), a cerimônia do II Prêmio Ampla de Jornalismo, promovido pela Ampla Amazônia – Plataforma de Liderança. O Grupo Liberal e a TV Liberal se destacaram entre 350 reportagens inscritas nesta edição da premiação, conquistando os primeiros lugares tanto da Categoria Nacional quanto da Estadual.
O primeiro lugar da categoria Nacional foi para a reportagem “Projeto recupera manguezais na Amazônia”, de Jalília Messias (Jornal Nacional). Na mesma categoria, a jornalista Laís Nunes, também, da TV Liberal, conquistou o segundo lugar, com a reportagem "Amazônia perde quase 50 milhões de hectares de florestas em 40 anos", com matéria exibida no Jornal Hoje.
No âmbito estadual, os jornalistas da TV Liberal e do Jornal O Liberal faturaram os três primeiros lugares. A jornalista Fábia Sepêda (TV Liberal), ficou em primeiro lugar, com a reportagem “Comunidade de Cametá produz soluções para problemas com água”.
Em segundo lugar, a matéria "Balbina, a maior tragédia amazônica", do repórter especial Ronaldo Brasiliense, do jornal O Liberal. O terceiro lugar foi para o Programa Bora Lá, da TV Liberal, com "Homenagem ao Dia da Amazônia", de autoria de Mauro Cesar Rodrigues de Oliveira Filho.
Edição 2025 dobrou o número de reportagens inscritas
Cofundador da Ampla Amazônia – Plataforma de Liderança, o advogado Giussepp Mendes destacou que a edição atual superou a do ano passado tanto em número de trabalhos inscritos quanto na diversidade de temas abordados. "Nós tivemos uma grande surpresa positiva porque dobramos o número de inscrições, houve um incremento de inscrições no âmbito nacional e também a participação massiva da imprensa paraense. Foram 350 inscrições e no ano passado tivemos 125 reportagens concorrendo", afirmou Giussepp.
"Isso demonstra que o prêmio vem ganhando corpo, o trabalho realizado pela Ampla é um trabalho sério e que permite a liberdade de escolha, trazendo credibilidade para o jornalismo local. Este ano, incluímos uma categoria nova: o fotojornalismo", acrescentou o representante da Ampla.
Para Eduardo Brasil, também cofundador da Ampla, observou que o contexto da COP 30 (30ª Conferência Mundial sobre Mudança do Clima), realizada em Belém, em novembro passado, impulsionou a participação de profissionais na premiação. “A qualidade dos trabalhos foi incrível, porque os horizontes aumentaram, o campo de pesquisa foi mais profundo”.
Eduardo Brasil complementou: “Conversando com a jornalista e curadora da premiação, Giuliana Morrone, ela disse ter ficado encantada com a qualidade dos trabalhos. Então, a COP 30 foi ao mesmo tempo desafiadora e uma mola propulsora de melhoria do prêmio, a gente espera para 2026 um prêmio ainda mais surpreendente”.
Jornalistas vencedores se orgulham dos trabalhos premiados
A jornalista Jalília Messias, da TV Liberal, faturou o primeiro lugar nacional, após vencer a premiação estadual em 2024. “Estou feliz com esse prêmio porque o Pará vive um ano histórico por causa da COP 30. A Amazônia é um território repleto de boas histórias para contar, de gente que cria soluções reais para os desafios que surgem no dia a dia e eu tive a oportunidade de mostrar um exemplo desse em Bragança”, disse a jornalista.
Jalília ganhou a premiação com a reportagem feita em Bragança, no nordeste paraense, em julho deste ano, sobre as saídas que comunidades do interior tiram do cotidiano, a exemplo da descoberta de uma senhora que faz panelas de barro, da argila do mangue. “Ela foi um presente para nós, é de uma sabedoria ancestral”, disse a jornaliista sobre a entrevistada.
Às vésperas de completar 50 anos de atuação profissional, o jornalista Ronaldo Brasiliense tem um amplo currículo profissional com dois Prêmios Esso e passagens por veículos nacionais em Brasília (DF), São Paulo e no Rio de Janeiro. “Graças a Deus, eu estou aqui, fiz uma série para o Jornal Liberal sobre desastres ambientais na Amazônia. São 12 matérias. Eu ganhei com uma matéria que é sobre a Balbina, que mostra um histórico da devastação que tem sido feita na Amazônia ao longo de décadas”, disse o jornalista.
A jornalista Fábia Sepêda, da TV LIberal, afirmou que desde o início a ideia dela e do cinegrafista, Vanderlei Prestes, era mostrar soluções para problemas que impactam as comunidades no interior do Pará. "Fomos a Cametá, foram dois dias intensos de trabalho e na água. Eu lembro do esforço do repórter cinematográfico, o Vanderlei, pulando de barco em barco, para fazer cenas diferentes no meio da água, no meio do rio Tocantins. E o resultado é esse. O resultado é o reconhecimento do trabalho", afirmou Fábia sobre a reportagem que ouviu comunidades de Abaetetuba, no Baixo Tocantins, e um pesquisador da Embrapa.
"A comunidade percebeu que o rio estava poluído, não era mais o rio da infância deles, não era mais utilizável. Eles não podiam tirar a água para tomar banho, não podiam utilizar dentro de casa. Eles identificaram que o que estava poluindo o rio era o lixo que não era recolhido, e se mobilizaram para montar a própria coleta de lixo e coleta seletiva também, eles fizeram os dois, coleta de resíduos e coleta orgânica”, contou Fábia Sepêda.
Para Laís Nunes, da TV Liberal, a premiação, a primeira de sua trajetória profissional, lhe dá orgulho, “é uma emoção por ser a primeira e também traz uma satisfação porque a gente mostrou dados do desmatamento da Amazônia, nas últimas décadas, por causa da abertura de pastagens. E aí a gente também trouxe uma coisa super legal, que são as soluções que já estão sendo criadas para tentar reduzir esse problema comum na nossa região. Ouvimos um pesquisador da Embrapa e mostramos boas práticas de manejo do gado, com melhora do solo, num sistema de pecuária que elimina a necessidade de abertura de novas áreas”, contou ela.
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