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Movimentos sociais protestam contra taxa de juros em Belém

Manifestação critica manutenção da Selic a 13,75% ao ano

Fabrício Queiroz
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A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o Sindicato dos Bancários do Pará e outros movimentos sociais realizam um ato na manhã desta terça-feira (21), em frente à sede do Banco Central (BC), no Boulevard Castilhos França, em Belém. O protesto foi acompanhado por agentes da Guarda Municipal e não houve interdição da via.

Os objetivos da mobilização, que também ocorreu em outros estados, são a redução da taxa básica de juros (Selic) no país, pressionar pela saída de Roberto Campos Neto da presidência do BC, além de pedir pela democratização do Conselho de Administração dos Recursos Fiscais (CARF).

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No último mês de fevereiro, o Conselho de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75% ao ano, mesmo índice que é praticado desde agosto do ano passado como forma de conter a inflação no país. No entanto, as entidades sindicais são contra a manutenção da taxa em patamares elevados devido ao impacto na vida do trabalhador e na economia.

A gente tem um efeito dominó nos custos do crédito, no cartão de crédito, nos produtos financeiros que estimulam o consumo. Temos um custo elevado a partir dos juros que são fixados pelo Copom e pelo Banco Central. A nossa pauta pela redução dos juros procura reduzir esse custo, favorecendo o aquecimento da economia, gerando mais empregos e fazendo com que a renda seja menos abocanhada para pagamento de juros”, afirmou Tatiana Oliveira, presidente do Sindicato dos Bancários.

Para os manifestantes, a atuação de Campos Neto no BC influencia nos rumos da política econômica e não estaria de acordo com o projeto político do presidente Luís Inácio Lula da Silva. “As taxas de juros altas impedem o financiamento do desenvolvimento nacional, prejudicam o acesso ao crédito e com isso prejudica a perspectiva de desenvolvimento nacional, de geração de empregos, de fortalecimento da indústria”, pontuou Cléber Rezende, presidente da CTB.

“O quilo do arroz, do feijão, da comida, tudo fica mais caro quando a taxa de juros é alta. O nosso ato é de protesto, mas também de esclarecimento”, acrescentou Vera Paoloni, secretária geral da CUT no Pará, que também defendeu a ampliação da participação da sociedade no CARF, órgão que é responsável por julgar os processos administrativos referentes a impostos, tributos e contribuições.

“O CARF é uma excrecência. São 180 conselheiros, sendo 90 de representação dos movimentos e trabalhadores, só que 84 deles são empresários, ou seja, só seis representantes de sindicatos”, criticou a sindicalista.

“Vamos continuar mobilizados. Vamos fazer uma avaliação dos atos de hoje que ocorreram em todas as capitais brasileiras e vamos marcar uma nova data para retomar grandes atividades, inclusive estamos pensando na possibilidade de uma grande marcha nacional em Brasília para fortalecer a luta em defesa do desenvolvimento nacional”, destacou Rezende.

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