Minha Casa, Minha Vida impulsiona crescimento do mercado imobiliário na região Norte
A região Norte registrou o lançamento de 2.298 unidades residenciais no 1º trimestre, alta de 54,4% em relação ao mesmo período de 2024

O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi o principal motor do mercado imobiliário no primeiro trimestre de 2025, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (19) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O programa respondeu por 53% dos lançamentos residenciais e 47% das vendas realizadas entre janeiro e março. Na região Norte, o programa do governo federal também impulsionou o crescimento do mercado imobiliário, sendo responsável por 1.910 unidades residenciais, das 2.298 lançadas no primeiro trimestre deste ano.
Com esse impulso, o número total de lançamentos registrado no Norte de janeiro a março deste ano teve alta de 54,4% em relação ao mesmo período de 2024 e de 30,6% na comparação com o último trimestre do ano passado. O resultado contrasta com a média nacional, que apontou queda de 28,2% nos lançamentos em relação ao quarto trimestre de 2024. Segundo a CBIC, a expansão regional pode estar ligada ao fortalecimento dos programas habitacionais e à maior atuação do setor da construção civil.
Quando se analisam as vendas, na região Norte, foram 2.846 unidades comercializadas no primeiro trimestre de 2025 - alta de 16,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Somente pelo Minha Casa, Minha Vida, foram 1.594 unidades vendidas nos três primeiros meses deste ano.
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Desempenho geral do setor
No total, o mercado imobiliário brasileiro registrou 84.924 novos lançamentos residenciais no primeiro trimestre de 2025, superando as 73.800 unidades do mesmo período do ano anterior. Embora tenha havido uma leve retração de 4,2% nas vendas em relação ao último trimestre de 2024, de acordo com o levantamento, os dados apontam a relevância do MCMV para o desempenho do setor, com crescimento consistente e participação majoritária nas unidades lançadas e vendidas.
Na comparação com o mesmo período de 2024, as vendas vinculadas ao programa cresceram 40,9%, somando 47.800 unidades (47% do total), enquanto os lançamentos aumentaram 31,7%. Entre os fatores apontados para o desempenho estão o crédito facilitado, juros reais próximos de zero e os subsídios oferecidos por governos estaduais e municipais. A expansão da iniciativa, com a inclusão de uma faixa voltada à classe média, e a manutenção das linhas de financiamento via FGTS e poupança também contribuíram para o avanço.
A pesquisa da CBIC avaliou dados de 221 municípios, incluindo Belém e as demais capitais estaduais, o Distrito Federal e grandes centros urbanos. No total, foram comercializadas 102.485 unidades residenciais no período, um crescimento de 15,7% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.
*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia
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