Mais de 60 mil contribuintes do Pará ainda não declaram o Imposto de Renda
São esperadas pela Receita Federal 642.700 declarações no Pará
Faltando apenas três dias para o fim do prazo de declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), que vai até a próxima segunda-feira (31), mais de 60 mil contribuintes do Pará, do número esperado pela Receita Federal para este ano, ainda não cumpriram a obrigação com o Fisco. A expectativa do órgão é de que 642.700 pessoas declarem no estado, no entanto, até as 11h de ontem, 578.795 haviam prestado as contas do exercício de 2020. O número registrado até o momento representa 90% dos contribuintes do Pará.
Na 2ª Região Fiscal que, além do Pará, abarca os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia e Roraima, também até as 11h de ontem, já haviam sido entregues 1.301.749, o que significa 89,4% do total. A expectativa neste ano, para a região, é que 1.455.500 declarações sejam registradas pelos cinco estados.
A data limite anterior do IRPF era 31 de abril, mas o prazo foi adiado para suavizar as dificuldades impostas pela pandemia da covid-19. Também foram prorrogados para 31 de maio os prazos de entrega da Declaração Final de Espólio e da Declaração de Saída Definitiva do País, assim como o vencimento do pagamento do imposto relativo às declarações.
Também na segunda-feira (31), a Receita paga o primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2021. A consulta para saber se vai receber no primeiro lote podem ser feitas no site da Receita (https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/meu-imposto-de-renda) a partir das 10h.
Precisa declarar o Imposto de Renda as pessoas que receberam mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis ao longo de 2020; que possuía, até 31 de dezembro de 2020, imóveis, veículos e outros bens com valor total superior a R$ 300 mil; que ganhou capital com a venda de imóveis, veículos e outros bens sujeitos à tributação; que teve ganhos de capital com operações na bolsa de valores e na bolsa de mercadorias e futuros; que recebeu mais de R$ 142.798,50 em renda bruta de atividade rural ou que recebeu mais de R$ 40 mil em rendimentos isentos e não tributáveis ou tributados na fonte.
O contador Ian Blois Pinheiro alerta aos contribuintes que deixaram a obrigação para a última hora que agora terão que ter atenção dobrada para não cometer equívocos, em razão da pressa. “É preciso atentar, principalmente, para as informações dadas, para que não acabem caindo na malha fina. Aquelas pessoas que receberam o auxílio emergencial devem ter bastante atenção pois quem teve rendimentos acima de 22.847,76 terá que fazer a devolução dos valores recebidos”, destaca.
Pinheiro demarca também que “devem ser informados no campo de bens e direitos todos os recursos que a pessoa possuir até 31 de dezembro de 2020, como casa, joias, veículos e recursos financeiros”. “Se alguns dos bens forem adquiridos por financiamento o valor do financiamento deve ser informado no campo de dívidas e ônus”, completa.
Uma das pessoas que acabou deixando para esta semana a declaração foi a advogada Larissa Duarte, de 31 anos. Por ser o primeiro ano em que seu rendimento passou de R$ 28.559,70, ainda não estava acostumada com o procedimento. “Eu deixei para última hora porque me esqueci mesmo, não tinha atentado para esse aumento de rendimento. Minha principal dificuldade é saber como preencher as informações”, confessa. “Por exemplo, achei que no local do rendimento deveria colocar o mensal, depois que me disseram que é o anual. Também não sabia que consultas médicas e de dentistas desse ano não servem para dedução, só as do ano passado”, completa, ressaltando a importância de buscar as informações corretas para não cair na malha fina.
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