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Metade dos jovens paraenses está fora do mercado de trabalho, revela estudo do DIEESE

Pará tem 1,177 milhão de jovens ocupados, mas só 51,1% da juventude está na força de trabalho

Thaline Silva
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Quase a metade dos jovens paraenses entre 15 e 29 anos está fora do mercado de trabalho; entre os que trabalham, a maioria está na informalidade. O dado faz parte de um estudo divulgado nesta terça-feira (10) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao 4º trimestre de 2024.

Dos 4,9 milhões de jovens na Região Norte, 2,3 milhões (46,6%) vivem no Pará. A distribuição por sexo é equilibrada, com 1,158 milhão de homens (50,3%) e 1,146 milhão de mulheres (49,7%).

A maior parte da população jovem paraense está nas faixas etárias de 20 a 24 anos (33,9%) e de 25 a 29 anos (32,2%). Os grupos de 15 a 17 anos e de 18 a 19 anos correspondem a 21,4% e 12,5%, respectivamente. Além disso, 76% do público jovem reside em áreas urbanas, o que equivale a 1,75 milhão de pessoas.

O Pará concentra o maior número absoluto de jovens ocupados na Região Norte, com 1,177 milhão, mas esse total representa apenas 51,1% da juventude local, indicando que quase metade está fora da força de trabalho.

Nilson Cortinhas, técnico em Agroindústria e estudante de Ciências Biológicas, relata as dificuldades enfrentadas no mercado:“No meu caso, o problema está na escassez de vagas nas formações que possuo e, das poucas vezes em que há, são vagas preenchidas por pessoas que já conhecem alguém dentro da empresa ou instituição". 

Além disso, o jovem destaca a questão salarial: “Acredito que existe uma desvalorização profissional, pois muitas vezes recebemos pouco em comparação com as qualificações que possuímos". 

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Informalidade predominante

A informalidade é maior entre os jovens que trabalham no Pará. De acordo com o levantamento, 369 mil atuam no setor privado sem carteira assinada, o que representa 31,4% da população jovem economicamente ativa. Outros 342 mil (29,1%) possuem carteira assinada. O trabalho por conta própria, geralmente informal, reúne 226 mil jovens (19,2%).

A participação no setor público é de 7,1%, enquanto empregadores representam 2,2%. O trabalho doméstico, com ou sem carteira, corresponde a 1,3% da força de trabalho juvenil.

Desafios e expectativas

O Dieese/PA destaca a necessidade de políticas públicas que promovam a inclusão produtiva da juventude, com foco na ampliação do acesso a empregos formais e à garantia dos direitos trabalhistas, considerando as diferenças etárias, de gênero e territoriais.

Nilson compartilha suas perspectivas sobre o futuro profissional: “Espero que haja mais oportunidades em que a indicação de conhecidos não se sobreponha à qualificação dos candidatos e que a valorização profissional seja de fato aplicada.” Próximo de concluir a graduação, ele afirma que iniciará a busca por emprego após a defesa do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC):“A partir do momento da defesa, começarei a enviar currículos e aguardar entrevistas”, conclui.

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia

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