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Mesmo com fronteiras abertas nos EUA, paraenses seguem com dificuldade de obter visto

Agentes de viagem têm dificuldades de marcar emissão de visto com antecedência e clientes arriscam obter visto nas vésperas das viagens.

Natalia Mello
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Mesmo com a reabertura das fronteiras dos Estados Unidos para o Brasil a partir de 8 de novembro, brasileiros enfrentam dificuldades para obter um item obrigatório para essa viagem: o visto americano carimbado no passaporte. Agências de turismo em Belém têm tido dificuldades de fechar pacotes turísticos para o destino em decorrência da retenção do serviço, gerada pelo fechamento dos consulados americanos no Brasil por causa da pandemia do coronavírus.

O calendário de entrevistas para obter o visto não possui, no momento, datas disponíveis até dezembro de 2022. Segundo a Embaixada Americana, em novembro os vistos voltarão a ser emitidos, mas não informou novas datas para entrevistas que ainda serão marcadas. “Sempre foi muito difícil, mas agora está bem pior. Temos roteiro montado desde o ano retrasado e só fazemos ir mudando as datas. Trabalhamos muito com o mês de julho e novembro, por conta da Black Friday”, afirmou o proprietário de uma agência de turismo da capital paraense, Aluizio Moraes.

O empresário afirma ainda que a expectativa é que a situação normalize somente a partir do segundo semestre do ano que vem. “O turismo para os Estados Unidos só vai decolar a partir do próximo ano. Temos pacotes para a Europa que estamos dando continuidade, mas para os EUA não temos como fechar, a gente orienta, inclusive, a esperar”, pontuou.

Antes de os consulados fecharem por causa da pandemia, a espera entre o agendamento e a entrevista, necessária no processo de obter o visto, durava, em média, 15 dias. Agora, quem deseja viajar ao país e precisa obter ou renovar o documento precisa aguardar até um ano e 2 meses. A exceção são os vistos de estudantes e de pessoas em situações emergenciais.

“A dificuldade existe porque a demanda é muito grande por conta da pandemia. Eu há dois meses consegui agendar dois passageiros, que viajam em julho de 2022, para fazer a entrevista no mês de maio, então é muito em cima, mas vão arriscar. A demanda de visto no consulado está muito alta prejudica um pouco os negócios. Temos muitos casos de cliente esperando uma data, o despachante fica caçando no calendário do consulado para ver se consegue antecipar”, afirmou a agente de turismo de outra agência de Belém, Selma Lopes.

A demora para atendimento dos turistas brasileiros é vista com preocupação pelo Ministério das Relações Exteriores. A Embaixada Americana afirma que trabalha para retomar os serviços rotineiros de vistos de forma segura o mais rápido possível, mas, a crise sanitária e a restrição de viagens ainda impactam no número de vistos processados em nossa embaixada e consulados. Em 2019, 2,1 milhões de brasileiros foram aos Estados Unidos, de acordo com o relatório do Departamento Nacional de Viagens e Turismo americano – os Estados Unidos é o segundo destino internacional mais procurado por brasileiros, ficando somente atrás da Argentina.

Ainda segundo a Embaixada, há chances de brasileiros que estão com entrevistas agendadas desistirem e novas vagas surgirem em 2022, mas, até o momento, não há como garantir que novos solicitantes consigam passar pela etapa da entrevista no ano que vem.

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