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Mercado de franquias cresce quase 5% no Pará

Segmentos que mais tiveram destaque na abertura de negócios foram entretenimento e lazer e limpeza e conservação

Elisa Vaz

O número de franquias abertas no Pará cresceu 4,7% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), passando de 3.060 para 3.203. As que mais se destacaram em termos de crescimento foram as de entretenimento e lazer, com 186,7%. No segundo trimestre de 2021 havia 15 franquias no Estado, e o número subiu para 43 no mesmo intervalo deste ano.

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Em seguida, os maiores reajustes ficaram com as empresas franqueadas de limpeza e conservação (78,7%), serviços e outros negócios (24,1%) e moda (19,7%), mas também tiveram crescimento as franquias de hotelaria e turismo (6,3%), serviços automotivos (2,2%) e serviços educacionais (1%). Já as que enfrentaram queda, com perda no número de unidades no Pará, foram as de comunicação, informática e eletrônicos (-23,6%), alimentação - comércio e distribuição (-16,8%), casa e construção (-12,1%), saúde, beleza e bem-estar (-8,8%) e alimentação - food service (-8,6%). As que respondem pela maior quantidade de empresas são as franquias de serviços e outros negócios (20,3%), somando 649.

Quanto ao faturamento das franquias no Pará, a alta geral foi de 16,9%. O setor havia arrecadado um total de R$ 789,3 milhões no segundo trimestre do ano passado, valor que subiu para R$ 922,9 milhões entre abril e junho deste ano. Todos os segmentos ficaram com resultados positivos. As maiores variações no faturamento ocorreram nas franquias de entretenimento e lazer (28,4%) e de hotelaria e turismo (27,9%), mas também se destacaram serviços educacionais (19,6%) e saúde, beleza e bem-estar (19,2%), sendo que este último setor teve a maior participação no total de faturamento, respondendo por 35,8%, ou R$ 330,6 milhões.

Outro dado do Pará mostrado pela pesquisa da ABF é sobre a geração de emprego. No geral, o número de empregos gerados pelas franquias cresceu 8,7%, passando de 23,3 mil para 25,4 mil, mas a alta chega a 189,9% no segmento de entretenimento e lazer e a 111,4% no de limpeza e conservação. Respectivamente, a quantidade de empregados passou de 89 para 258 e de 559 para 1.182. Já o setor que tem a maior participação na geração de empregos em franquias é o de serviços e outros negócios (20,5%), com um total de 5.197 trabalhadores.

Empresários franqueados

Dona de uma loja na área de saúde, beleza e bem-estar que fica localizada em um shopping de Belém, Natasha Anijar, de 43 anos, diz que tem sentido a diferença nos últimos meses. "A retomada da economia, a segurança da mobilidade e a confiança acerca do retorno às atividades de consumo trazem estímulo tanto ao empresário quanto o consumidor. O movimento de clientes e vendas cresceu em decorrência da necessidade de cuidar mais de si. A pandemia trouxe um olhar mais atento ao autocuidado, ao outro, ao momento presente, à necessidade de falar mais, presentear, estar junto e se amar. Isso impacta diretamente nas vendas no nosso segmento", afirma.

A empresária conta que já tinha outros dois negócio, um no ramo de treinamentos e outro de vestuário. Embora fosse mais lógico investir nos empreendimentos que já tinha, o trabalho seria maior para apostar na marca, fixá-la, encontrar um bom local e fazer associações e parcerias para aguardar o tempo de retorno do investimento. "Já a franquia tem algo muito interessante, que é uma modelagem pronta do negócio, a marca já conhecida e trabalhada nos meios de comunicação e no coração das pessoas, além de ser em um local de grande circulação", ressalta a empreendedora, que considera a experiência "muito gratificante". Ela contratou uma nova vendedora e espera ter um aumento sazonal no fim do ano.

O empresário franqueado Marco Souza, de 39 anos, também notou um faturamento mais alto em sua loja, no ramo de confecções, mas diz que se deu, em parte, pelo aumento de preços, não por maior margem de lucro. "As vendas cresceram, mas hoje está tendo uma redução de fluxo, muito ligada às vendas online. O cliente tem essa facilidade dos e-commerces, que acabam sendo concorrentes das lojas físicas", comenta ele, que tem o negócio há quase três anos. 

Enquanto o segmento de franquia traz mais segurança ao investidor, na opinião dele, porque costumam ser modelos de negócio de sucesso, o empresário também precisa se esforçar, mesmo não começando a empresa do zero. Marco indica que o empreendedor "debruce a barriga no balcão e faça o negócio acontecer" para conseguir um faturamento melhor e, principalmente, mais rentabilidade.

​INFOGRÁFICO

Panorama de franquias no Pará

Unidades

2T/2021: 3.060

2T/2022: 3.203

Variação: 4,7%

Segmentos que mais cresceram:

Entretenimento e lazer (186,7%)
Limpeza e conservação (78,7%)

Serviços e outros negócios (24,1%)

Moda (19,7%)

Faturamento

2T/2021: R$ 789.322.628,64

2T/2022: R$ 922.915.396,32

Variação: 16,9%

Segmentos que mais cresceram:

Entretenimento e lazer (28,4%)

Hotelaria e turismo (27,9%)

Serviços educacionais (19,6%)

Saúde, beleza e bem-estar (19,2%)

Empregos

​2T/2021: 23.360

2T/2022:​ 25.403

Variação: 8,7%

Segmentos que mais cresceram:

Entretenimento e lazer (189,9%)

Limpeza e conservação (111,4%)

Serviços e outros negócios (58,4%)

Moda (34%)

​Fonte:  Associação Brasileira de Franchising (ABF)

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