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LibTalks abre semana de debates sobre cidades sustentáveis com foco na habitação na Amazônia

Iniciativa é promovida pelo Grupo Liberal e, nesta semana, ocorre em parceria com o Ministério das Cidades

Gabi Gutierrez
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Esta semana, o LibTalks -  evento promovido pelo Grupo Liberal - está em parceria com o Ministério das Cidades e vai promover uma sequência de debates até sexta-feira (21). A programação começou nesta segunda-feira (17) com um tema central: habitação e os desafios urbanos na Amazônia. O encontro integra a programação dedicada a cidades sustentáveis e resilientes, alinhada ao momento em que Belém recebe debates globais sobre clima e urbanismo.

Mediado pelo jornalista Ney Messias Júnior, diretor de entretenimento e Rádio Web Liberal, ao lado do ministro das Cidades, Jader Filho, o bate-papo reuniu especialistas e representantes do setor habitacional: Vladimir Iszlaji, diretor de desenvolvimento e sustentabilidade da  Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc); Clausens Duarte, engenheiro civil e presidente da Comissão de Habitação de Interesse Social; e Ubirajara Marques, diretor de habitação de interesse social do  Sindicato da Construção Civil.

Habitação na Amazônia: logística única, custos altos e desafios crescentes

Para Ubirajara Marques, o debate abriu espaço para uma reflexão necessária sobre as particularidades de construir na região. Ele destacou que a habitação de interesse social na Amazônia enfrenta obstáculos distintos, desde a logística complexa até a distância dos grandes centros.

“É essencial debater como construir habitação social em áreas remotas, como ilhas do Marajó ou municípios no interior da floresta. Temos custos diferentes, desafios próprios e uma regionalidade que precisa ser respeitada”, afirmou.

Ubirajara ressaltou que a participação do ministério e de especialistas reforça o caráter estratégico do encontro e defendeu que iniciativas como o LIBTalks se tornem permanentes no calendário de debates sobre urbanização e clima na região.

Adensamento urbano como caminho para preservar a floresta

O diretor da Abrainc, Vladimir Iszlaji, apontou o adensamento urbano como um dos temas mais urgentes para as cidades amazônicas. Segundo ele, impedir que os centros urbanos avancem sobre áreas de floresta exige uma revisão profunda na forma como as cidades crescem.
“É fundamental verticalizar onde for possível para evitar a expansão urbana desordenada e o avanço sobre áreas verdes. Na Amazônia, isso é ainda mais sensível”, explicou.
 Vladimir também destacou o impacto do Programa Federal de Produção Habitacional, classificando-o como crucial para reduzir o déficit de moradias na região Norte. “Precisamos intensificar a produção habitacional e alcançar a meta de 9% de participação da região, como defende o ministro”, comentou.

“Habitação é motor da economia”, afirma ministro Jader Filho

O ministro das Cidades, Jader Filho, reforçou que o debate não se limita ao tema da moradia, mas envolve geração de emprego, renda e planejamento urbano sustentável. Ele citou o papel do Minha Casa, Minha Vida na recuperação econômica recente do país.

“A construção civil cresceu 4,2% enquanto o Brasil cresceu 3,6%. Isso mostra a importância do Minha Casa, Minha Vida como motor da economia”, disse.

 Jader ressaltou ainda as entregas e metas para o Pará:

  • 4 mil unidades já entregues,
  • R$ 12 mil em obras,
  • e a previsão de chegar a 9 mil casas entregues até 2026 somente no estado.


O ministro também destacou o recente aumento do valor da entrada subsidiada para famílias da região Norte — de R$ 55 mil para R$ 65 mil —, medida que, segundo ele, nasceu justamente de diálogos como o promovido pelo Grupo Liberal. “As famílias têm capacidade de pagar a parcela, mas faltava o valor de entrada. Com esse ajuste, mais pessoas podem financiar sua casa própria”, explicou.

Cidades resilientes são prioridade em meio aos eventos extremos.

Jader Filho também conectou o debate local à agenda das mudanças climáticas, ressaltando investimentos federais para adaptação das cidades.  O Ministério das Cidades, segundo ele, já destinou R$ 25 bilhões para obras de macrodrenagem e contenção de encostas. “Precisamos tornar nossas cidades resilientes. Chuvas extremas já devastaram regiões como o Rio Grande do Sul e o Paraná. Não podemos esperar acontecer para agir”, afirmou.

Ele ainda defendeu que líderes locais tenham mais participação nas decisões das COPs, já que “a implementação acontece nas cidades”.

Compromissos da construção civil para um futuro sustentável

Já o presidente da CHIS-CBIC, Clausens Duarte, avaliou que o encontro ocorreu em um momento simbólico e decisivo para o país.

Segundo ele, o debate reforça os compromissos assumidos pelo setor, especialmente no que diz respeito à redução de emissões e às práticas sustentáveis.

“Foi um debate de altíssimo nível. Abordamos desafios, compromissos ambientais e o papel da construção na transição para práticas mais responsáveis. É um pontapé inicial que tende a render resultados importantes para a sociedade”, afirmou.

Programação

O LibTalks segue com debates na manhã desta terça-feira (18), às 11h, dessa vez, com a pauta de mobilidade em foco. A mediação é feita por Ney Messias, jornalista e diretor de Entretenimento e Rádio Web do Grupo Liberal, que conversa com dois grandes nomes do setor de mobilidade em diferentes esferas do poder. Para esta conversa, Andrea Cavalcanti, gerente executiva do poder legislativo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Marcos dos Santos, diretor do Departamento de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, apresentam.

A programação continua até sexta-feira (21), ampliando a discussão sobre mobilidade, desenvolvimento urbano, mudança climática e o futuro das cidades amazônicas.

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