Inflação já estoura o teto em 10 capitais brasileiras, aponta IBGE

Banco Central não terá alternativa a não ser subir novamente a taxa Selic na reunião que termina nesta quarta-feira

Estadão Conteúdo
fonte

Das 16 capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10 já estão com a inflação acima do teto de 4,5%: Rio Branco (5,3%), Campo Grande (5,06%), Belo Horizonte (6,54%), Rio de Janeiro (4,76%), Belém (4,8%), Fortaleza (5,1%), Goiânia (5,18%), São Paulo (5,04%), São Luís (6,22%), e Salvador (4,62%). O aumento dos preços é espalhado pelo País.

A frustração no pacote fiscal apresentado pelo governo no final de novembro elevou o dólar, que está acima de R$ 6,00. Sem que o governo consiga recuperar a confiança, o trabalho de trazer a inflação para a meta recairá exclusivamente sobre o Banco Central, que será forçado a dar um choque nos juros para evitar a disparada dos preços.

image Preço da carne aumenta 8,02% em novembro e pressiona IPCA
Inflação: Tendência de superação da meta inflacionária do Banco Central indica nova alta dos juros nesta quarta-feira

image Belém registra 0,46% de inflação em novembro e ultrapassa a média nacional
Consumidores reclamam da redução do poder de compra

image Alta do dólar pressiona a economia paraense e eleva custos para a população
Profissionais ligados à economia falam sobre impactos do aumento da moeda para a economia do Estado

A disparada do dólar este ano, em parte pelo cenário externo com a eleição de Donald Trump nos EUA, em parte pelo risco fiscal brasileiro, já que o governo não está conseguindo passar confiança de que irá controlar o aumento da dívida, explica um pedaço desse aumento dos preços.

Como a meta de inflação é de 3%, com teto máximo de 4,5%, o Banco Central não terá alternativa a não ser subir novamente a taxa Selic na reunião que termina nesta quarta-feira, 11. Essa piora da inflação corrente se soma à piora das expectativas. 

Na segunda-feira, 9, o Boletim Focus, que coleta projeções do mercado financeira, elevou de 4,4% para 4,59% a estimativa de inflação para o ano que vem. As elevações também ocorreram para os anos de 2026 e atingiram até 2027, que subiram de 3,5% para 3,59%, se distanciando do centro da meta. Ou seja, olhando para a frente, o quadro está muito mais nebuloso.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA