Gás de cozinha tem alta de 4% em Belém, dizem revendedores

Além do peso no bolso, os comerciantes do setor comentam a dificuldade em conscientizar os consumidores, que não entendem os reajustes

Gabi Gutierrez
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O preço do gás de cozinha sofreu um novo reajuste neste mês de setembro em Belém. Segundo revendedores de gás da capital paraense, o botijão de 13 quilos (P13), o mais utilizado nas residências, subiu 4,3% em Belém neste mês de setembro, passando de R$ 115 para R$ 120. Além do peso no bolso, os comerciantes do setor comentam a dificuldade em conscientizar os consumidores, que não entendem os reajustes. 

O aumento não atinge apenas o gás de cozinha tradicional. Clayton Nunes, gerente de um ponto de venda na capital, o botijão de 20 quilos (P20), usado principalmente em empilhadeiras, ficou R$ 6 mais caro, enquanto o de 45 quilos (P45), voltado ao consumo industrial e comercial, sofreu reajuste de R$ 14. Segundo ele, para os revendedores, esses valores impactam diretamente os restaurantes e estabelecimentos que dependem de maior volume do produto.

Clayton ainda explica que esse reajuste acontece anualmente, mas muitas vezes não chega ao conhecimento do consumidor de forma ampla. “A gente sempre espera esse reajuste no mês de setembro. O problema é que quase não sai na mídia, e aí parece que a gente está aumentando porque quer, mas, na verdade, recebemos esse repasse e não temos como segurar”, afirmou.

Segundo o gerente, além do impacto direto no bolso da população, os vendedores também enfrentam dificuldades para manter o contato transparente com os clientes. “Levamos, em média, uma semana ou até mais para avisar todo mundo. Mesmo usando telefone e redes sociais, nem todos recebem a informação a tempo. Isso gera reclamações e desconforto”, explicou.

O gerente destacou ainda que o efeito é sentido de maneira mais forte por estabelecimentos comerciais. “A situação é delicada, especialmente para os restaurantes, que compram em maior quantidade. Eles são os que mais sentem o impacto dos aumentos”, disse.

Para os consumidores domésticos, a elevação representa mais pressão sobre o orçamento familiar. Embora não seja possível substituir o uso do gás de cozinha, muitos acabam reclamando e postergando ao máximo a troca do botijão. “Toda vez que tem reajuste, sempre temos reclamações. O consumidor não entende de imediato, mas, infelizmente, não temos como absorver esse custo”, concluiu Nunes.

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