FIPA mostra a força da indústria paraense no Hangar

A 15ª Edição da Feira da Indústria do Pará (FIPA 2022) está aberta para visitação pública, das 17h às 22h até o próximo sábado (22), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém. São 60 estantes com cerca de 70 expositores de diferentes áreas econômicas como alimentação, madeira, móveis, bebidas, energia, confecção e mineração. O evento mobiliza uma programação técnica com palestras, painéis e workshops e tem o apoio do governo do Pará e da própria iniciativa privada.

Aberta com grande animação com um concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, com cerca de 50 músicos, na noite desta quarta-feira (19), a FIPA apresenta o potencial de investimentos no território paraense e promove intercâmbio entre empresas compradoras e empresas fornecedoras. 

"Estamos alegres com esse momento pós-pandemia, essa é uma oportunidade para a gente mostrar a real situação do setor da indústria e mostrar também para a sociedade a importância que tem o afinamento do setor produtivo com o governo do Estado", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), José Conrado, anfitrião do evento.

Da mineração aos negócios tradicionais

José Conrado afirmou que os segmentos vêm buscando agregar valor à produção e à verticalização continuamente. "Somos fortíssimos na questão mineral e também na agregação de valores para esse segmento, mas temos empresas tradicionais como as de embalagem, de panificação, de móveis, que estão passando por aparelhamentos e apresentam uma evolução na sua produção".

"Nossa expectativa é a melhor possível para esta reta de final de ano. A arrecadação estadual está aumentando, as indústrias procuram o Pará para se instalar, então a gente tem um ambiente de negócios com o governo do Estado facilitando isso para a iniciativa privada, acelerando o nosso processo de crescimento", complementou Conrado.

Secretário de Desenvolvimento Econômico do Pará (Sedeme), José Fernando Gomes Jr afirmou que o governo do Estado trabalha a política de incentivos fiscais para novas indústrias e também para a ampliação e a modernização do parque  industrial já instalado. "Isso gera empregos e renda à população do nosso estado", dissei ele.

Diálogo entre poder público e setor privado

"Quando o setor traz a proposta para o governo, algo formatado, a resposta é mais célere. Um exemplo prático disso é o setor da carne, fizemos duas reuniões com o segmento, com o presidente Daniel Freire. Eles trouxeram a proposta e já tiveram a solução", destacou José Fernando.

O secretário da Sedeme informou que setor de carne pediu apoio ao governo estadual para ampliar o mercado exterior. "O governo interveio e conseguiu reabrir o mercado chinês, estamos olhando o mercado norte americano, trabalhamos também para que o pequeno produtor forneça um boi de qualidade para o frigorífico comprar no padrão que ele possa exportar".

"Outro exemplo. No setor de siderurgia por exemplo com a Sinobras que avançou na cadeia. Ela produzia algo em torno de 250 mil toneladas, vai produzir 800 mil, e já fez uma parceria com a Vale para avançar no tão sonhado polo metal-mecânico, produzindo tarugos em Marabá", seguiu José Fernando.

Mineração e agroindústrias

Gerente sênior de relações externas e institucionais da Hydro, Paula Marlieri informou que o estande da empresa dispõe ao público a cadeia de produção de alumínio da mineradora no Pará.

"A produção começa na retirada do minério em Paragominas e vai até Barcarena", disse Marlieri. Ela explicou que é em Barcarena que acontece uma parte da transformação para gerar os lingotes, vendidos para uma outra companhia também presente na FIPA.

A Hydro atua no setor industrial primário, basicamente, a produção da indústria é consumida pelo mercado nacional em setores como os da construção civil e automotivo, por exemplo, conforme informou a representante da Hydro. 

A FIPA reúne processos industriais de alta tecnologia, como da área de energia elétrica, mas também exibe a produção da agroindústria. Pela primeira vez presente no estande do governo estadual, a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) apresenta um portfólio de serviços à disposição das cadeias produtivas do ramo da agroindústria.

"Participar pela primeira vez da FIPA demonstra o trabalho de construção de pontes entre Agência e demais órgãos e empresas presentes aqui. Nós estamos inseridos no tema e no escopo da feira, (o tema do evento é 'Aqui tem indústria'), porque a gente atua diretamente no registro e na certificação da agroindústria que processa produtos de origem animal", afirmou o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, que é médico veterinário e fiscal estadual agropecuário.

Jamir Macedo observou que a Adepará já certificou, de 2019 para cá, cerca de 200 agroindústrias, desse total, 170 são do setor de alimentos. "A gente atua em todas as fases da produção agropecuária desde a obtenção da matéria-prima dentro da propriedade rural até o processamento e a expedição que ocorre nas agroindústrias", afirmou.

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