Dólar recua a R$ 4,73, o menor valor desde abril de 2022 em meio a ingresso de recursos estrangeiros

Desvalorização do dólar também foi observada em relação a outras moedas de países emergentes e exportadores de commodities

O Liberal
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Nesta segunda-feira, 24, o dólar à vista registrou uma queda de 0,99% em relação ao real, atingindo o valor de R$ 4,7331 - o menor nível no fechamento desde 20 de abril de 2022, quando estava em R$ 4,6204. Segundo operadores, essa baixa da moeda foi influenciada pelo ingresso de recursos estrangeiros no Brasil, impulsionado pela forte valorização das commodities após novos ataques russos à infraestrutura ucraniana e o anúncio de mais estímulos à economia chinesa.

A desvalorização do dólar também foi observada em relação a outras moedas de países emergentes e exportadores de commodities, como o peso mexicano (-0,82%), rand sul-africano (-1,09%) e dólar australiano (-0,10%). No entanto, o dólar avançou em relação a pares fortes, refletindo dados de atividade mais fracos da zona do euro e resultando em uma alta de 0,34% para o índice DXY, que alcançou 101,414 pontos.

Moeda norte-americana operou em queda constante nesta segunda-feira

Durante o dia, o dólar operou em queda constante, chegando a atingir uma máxima de R$ 4,7834 (+0,06%) e uma mínima de R$ 4,7237 (-1,19%) - o menor nível intradia desde 1º de junho do ano passado. O contrato de dólar futuro para agosto movimentou cerca de US$ 12 bilhões e, no fechamento do mercado à vista, registrava uma queda de 1,03%, cotado a R$ 4,7380.

O economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira, explicou que a desvalorização do dólar frente a divisas emergentes e vinculadas a commodities refletiu o aumento significativo dos preços desses produtos. No caso específico do real, destacou-se a redução do risco-país nos últimos meses, atribuída à aprovação do novo arcabouço fiscal, reforma tributária e à manutenção das metas de inflação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A alta das commodities e o apetite internacional por risco também contribuíram para o fortalecimento do real e para um aumento de fluxo estrangeiro para o Brasil, refletindo-se não apenas na moeda, mas também nos contratos mais longos de Depósito Interfinanceiro (DI), que tiveram uma queda de até 5 pontos-base.

Os próximos eventos a serem acompanhados pelos investidores incluem a divulgação do IPCA-15 de julho e do relatório Focus do Banco Central, além da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira, 26, para a qual se espera um aumento final de 25 pontos-base nos juros americanos.

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