Dólar fecha praticamente estável, mas recua 1,25% no mês e 10,43% no acumulado do ano

Sessão marcada por disputa técnica e expectativa de corte da Selic

O Liberal
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O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira (31) com uma variação quase nula em relação ao real, cotado a R$ 4,7295. Durante o dia, a moeda teve oscilações, alcançando a mínima de R$ 4,7135 logo após a abertura e a máxima de R$ 4,7601 no fim da manhã. O mercado de câmbio foi marcado por uma disputa técnica em torno da formação da última taxa Ptax de julho e pela rolagem de posições no segmento futuro.

Embora o Ibovespa tenha apresentado um desempenho positivo, o clima no mercado cambial foi de cautela, com investidores optando por ajustes finos em antecipação ao anúncio do corte da taxa Selic, previsto para a quarta-feira, dia 2 de agosto. O dólar à vista, apesar de ter registrado uma breve alta hoje, encerra o mês com uma queda de 1,25%, impulsionado pela valorização das commodities e pelo otimismo em relação ao Brasil. No acumulado do ano, a moeda americana apresenta uma desvalorização de 10,43%.

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Cenário internacional influencia movimento de moeda

A formação da Ptax não gerou grande volatilidade, porém, algumas movimentações de importadores e empresas realizando remessas de fim de mês levaram o dólar a subir mais pela manhã, conforme observado por analistas. Possíveis zeragens de posições e rolagens de contratos futuros também influenciaram o rumo do dólar durante a sessão.

No cenário internacional, o índice DXY registrou alta, e o dólar também apresentou valorização em relação às moedas latino-americanas pares do real. Por outro lado, moedas de países desenvolvidos exportadores de commodities, como o dólar australiano, tiveram elevação em meio a medidas de estímulo econômico adotadas pela China.

Entre as divisas latino-americanas de países com juros elevados, conhecidas como moedas de carrego, acumularam ganhos significativos neste ano e podem sofrer ajustes de posições de investidores estrangeiros diante do afrouxamento da política monetária na região. No entanto, analistas destacam que o real continua bem posicionado devido aos juros reais elevados que o Brasil ainda oferece e à diminuição da percepção de risco fiscal, corroborada pela elevação do rating brasileiro pela Fitch na semana passada.

A expectativa está voltada para o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que poderá apresentar divergências com a chegada de novos integrantes, como Gabriel Galípolo e Ailton Aquino. A reunião do Copom será a primeira com a presença desses novos membros, indicados pelo governo do presidente Lula. A curva de juros futuros doméstica aponta uma probabilidade de 70% de um corte da Selic em 0,50 ponto porcentual nesta semana, embora a maioria dos economistas projete uma queda menor, de 0,25 ponto.

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