Diplomata belenense incentiva paraenses a ingressarem na carreira no Itamaraty

Na capital paraense, Ana Cecília Sabbá participa até esta quarta-feira (3) do evento ‘Convite à Carreira Diplomática' junto a universitários

Valéria Nascimento
fonte

Qual a formação necessária e como se entra para a carreira diplomática? Essa e outras perguntas foram respondidas pela diplomata paraense, Ana Cecília Sabbá, de 32 anos, no evento denominado ‘Convite à Carreira Diplomática’, realizado pelo Centro Acadêmico de Relações Internacionais Baena Soares, da Universidade do Estado (UEPA), na noite desta terça-feira (2), em Belém.

VEJA MAIS

image Repescagem Uepa: confira a lista dos 552 convocados para matrícula em vagas remanescentes
Estudantes têm até quarta-feira, 3, para fazer a pré-matrícula online

image Helder sanciona lei que atualiza Plano de Cargos e Salários da UEPA
Governador afirma que após 8 anos de espera, esse momento permitirá a valorização dos servidores

Na Uepa, a iniciativa teve o apoio da coordenação do curso de Relações Internacionais (RI) da universidade. No entanto, o evento tem um escopo nacional, organizado pelo Instituto Rio Branco, a escola diplomática do país, com reconhecimento internacional. Atualmente, o Itamaraty desenvolve uma campanha com diplomatas em universidades, para incentivar o ingresso na carreira.

Nascida em Belém, Ana Cecília Sabbá, de 32 anos, falou sobre a trajetória de estudos dela e desmistificou o que considerou alguns mitos da profissão.

Há um desconhecimento grande, eu fiz faculdade de direito e se falava pouco sobre a carreira diplomática. Eu estou aqui para conversar, esclarecer mesmo. A pessoa com nível superior completo pode conseguir se planejar os estudos", disse a belenense.

Campanha por mais candidatos da Região Norte

"Nós queremos no Itamaraty mais mulheres, mais negros, mais pessoas do Norte do país. Eu estou aqui como parte da campanha nacional também para que mais pessoas de Belém prestem o concurso”, enfatizou a diplomata nortista.

Ana Cecília contou que da turma de 34 aprovados, no ano de 2022, somente ela e uma outra candidata do estado de Rondônia são da região Norte. “A representatividade é bem baixa considerando o Norte”, frisou a paraense.

Sobre os estudos, ela contou que chegou a fazer um ano de jornalismo e após iniciou também o curso de direito, na capital paraense, mas não concluiu as graduações, o que só aconteceu na PUC do Rio de Janeiro, após ela se transferir para lá, onde cursou direito.

Eu comecei a estudar para o exame com 28 anos e passei no ano passado com 31, foram quase três anos tentando. Nesse processo, eu engravidei, minha filha nasceu 12 dias depois da posse”, recordou Ana com um sorriso no rosto.

Exame do Itamaraty tem 3 fases de seleção

Sobre o exame, o processo tem três fases de seleção, explicou a paraense. A primeira fase é uma prova com 73 questões de certo e errado. Cada questão tem 4 itens, e duas questões erradas anulam uma questão certa.

Esta primeira fase tem uma nota de corte. “Você tem que atingir a nota mínima para seguir à segunda fase. Esta nota de corte varia dependendo das vagas ofertadas em cada ano, se a pessoa for aprovada, ela segue para segunda fase, que é uma prova de português e uma prova de inglês. Um dia para cada prova de línguas".

A prova de português, disse Ana Cecília, tem redação, resumo e o exercício de interpretação de texto; a de inglês, tem redação, resumo e a tradução para o inglês e para o português do texto.

Na terceira fase, o candidato faz a prova discursiva com conteúdos de geografia, direito, política internacional, história do Brasil, economia, espanhol e francês. Quem obtém as melhores notas, ou seja, a maior pontuação, entra para o quadro de diplomatas do Itamaraty, dentro do número de vagas ofertadas.

O Itamaraty é um órgão do poder Executivo, responsável pelo assessoramento do presidente da República na formulação, no desempenho e no acompanhamento das relações do Brasil com outros países e organismos internacionais.

Com 20 anos, Sebastião Neto está no 3º semestre de Relações Internacionais, na Uepa. Ele aguardava a palestra de Ana Cecília, na noite desta terça-feira, em Belém.

“A grade de Relações Internacionais (RI) é mais de humanas, mas você tem que saber bem de economia se pensa no exame para o Itamaraty. Eu acho que qualquer aluno de RI, antes de entrar no curso, a primeira coisa que pensa é sim a diplomacia”, afirmou Sebastião, dizendo que tem interesse, de fato, na carreira diplomática.

"Estou no último ano da faculdade, então realmente estou traçando os meus rumos. Eu já havia arquivado o plano de fazer a prova do Itamarati, mas quando eu ouvi sobre a paraense que chegou ao Itamaraty, então estou pensando realmente em voltar a estudar e decidir a minha vida daqui para frente. Vou ouvir o que ela tem a dizer e definir o que vai ser a minha vida no ano que vem”, contou Renata Zalu.

Após o bate-papo com os jovens universitários da Uepa, a diplomata, nascida em Belém, Ana Cecília Sabba, terá novas rodadas de conversas, às 15h, desta quarta-feira (3), no Cesupa e às 19h, na Unama. 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA