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Cúpula da Amazônia: entidades comerciais estimam rendimentos de até 70% com o evento

Representantes do setor projetam grande fluxo na capital e miram COP 30, que será realizada em 2025

Emilly Melo
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A movimentação em Belém às vésperas da Cúpula da Amazônia, que ocorre nesta terça (8) e quarta-feiras (9), cria altas expectativas no setor econômico da capital paraense. O alcance global do evento coloca o Estado em evidência mundial e favorece os rendimentos de diversos setores com a atração de turistas, afirma Fernando Soares, assessor jurídico do Sindicato Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Pará (SHRBS-PA).

Representantes de entidades comerciais estimam cerca de 10 mil participantes presenciais na programação. “Esses eventos de grande porte acionam diversos setores econômicos na cidade, nomeadamente hotelaria, gastronomia, turismo, logística e, também, o comércio”, afirma Tiago Guimarães, presidente da Associação de Lojistas de um dos shoppings da região. 

Guimarães destaca o aumento dos fluxos em áreas comerciais, com ênfase nos shoppings localizados na Região Metropolitana de Belém, especialmente os empreendimentos no centro da cidade que dispõem de serviços, lazer e gastronomia. 

Fernando Soares também pontua que “por mais que não tenha uma regularidade de realização de eventos dessa natureza na cidade, toda vez que isso acontece, o Pará fica na vitrine, então essa visibilidade é muito boa, porque atrai turistas e ganhos para o setor.”

Soares destaca ainda que a movimentação causada pela Cúpula da Amazônia beneficia várias categorias de empreendimentos, que incluem desde carrinhos de lanche até empresas e restaurantes sofisticados. “O que a gente nota é que, principalmente, a parte que trabalha com comidas típicas, por exemplo, tem um ganho muito alto. Com uma estimativa de 60% a 70% de ganhos a mais do que o período normal”, declara.

Expectativa 

Labibe Pedrosa, presidente da Associação de Lojistas de um dos shoppings localizados no centro da cidade, é otimista com a escolha de Belém para sediar a Cúpula. “Percebemos no último final de semana um movimento a mais, pois os hotéis ficaram lotados, pontos turísticos, shoppings  e comércio em geral tiveram mais movimento, ou seja, isso impacta diretamente a nossa economia”, afirma Pedrosa. 

Ela estima um aumento de 20% no percentual de vendas na região com a chegada de turistas e se vê confiante com a realização da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30), que também acontecerá em Belém, em 2025. 

“Esses eventos podem trazer investimentos e benefícios para o nosso estado e capacitar cada vez mais a nossa cidade para o Turismo. Já estamos nos preparando para a COP-30, que será um marco de visibilidade da nossa cidade para o mundo”, enfatiza.

Eduardo Yamamoto, presidente do Sindicato do Comércio Varejistas e dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindilojas), pontua que eventos da magnitude da Cúpula devem garantir mais de 60 mil pessoas visitando Belém, principalmente para tratar sobre assuntos relacionados a COP-30. 

Yamamoto destaca ainda que o grande alcance da programação pode impactar no desenvolvimento na região. “Esses debates e decisões têm um impacto global, mas acima de tudo regional na vida cotidiana da nossa sociedade amazônica, no que tange políticas ambientais, de desenvolvimento social, envolvendo segurança jurídica no campo e nas florestas e que isso possibilite a sustentabilidade no nível global, bem como a nível local, onde estão os amazônidas que vivem e que respeitam a natureza e que visam a sua sobrevivência e subsistência, buscando o mínimo de segurança alimentar, saúde e dignidade.” 

 

Cúpula 

A pauta central da Cúpula da Amazônia é discutir questões socioambientais entre os países do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) — Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela — e a promoção do desenvolvimento integrado da região, juntamente com outras nações convidadas para o evento.

O evento pode resultar na assinatura de um tratado conjunto entre os países do TCA, que inclui metas de desmatamento para os países para evitar o ponto de não retorno da floresta Amazônica, conforme afirmou Maria Angela Ikeda, diretora do departamento de meio ambiente do Itamaraty.

Especialistas afirmam que o termo é usado para se referir ao estado em que a floresta perde a capacidade de se autorregenerar, em função das consequências do desmatamento. 

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