Confeitarias de Belém projetam alta de até 40% nas vendas para o Natal 2025
Empreendedoras investem em ingredientes regionais e serviços de pronta-entrega para atrair clientes que buscam praticidade na ceia de fim de ano
O mercado de gastronomia em Belém vive a expectativa de um Natal aquecido. Com a proximidade das festas de fim de ano, confeitarias da capital paraense projetam um crescimento no faturamento que varia de 10% a 40% em relação a 2024. Para alcançar a meta, as estratégias se dividem entre a sofisticação de ingredientes regionais no recém-inaugurado Mercado de São Brás e a conveniência da pronta-entrega no bairro do Marco.
No Mercado de São Brás, a DiCake, comandada pelas sócias Diane Silva e Bethânia Tavares, prepara-se para o primeiro Natal em ponto físico comercial, após anos de produção caseira. A estimativa é de um incremento de cerca de 40% nas vendas, impulsionado pelo fluxo turístico e pela reestruturação da cozinha.
"Apesar de ser o primeiro ano fora de casa, em contato direto com o público, já conseguimos nos organizar para atender as encomendas. A nossa expectativa é a melhor possível, até porque estamos vindo de várias festas, como Círio e a COP, então acreditamos que, no período do Natal, as nossas vendas serão superiores", afirma Bethânia Tavares, sócia-administrativa.
Ela diz, ainda, que o ponto físico têm favorecido na expansão da clientela de encomendas, que prova e aprova os doces disponíveis para consumo imediato, ficando com o gostinho de quero mais.
Sabores regionais ganham roupagem sofisticada
Para diferenciar o cardápio, a aposta da produção no Mercado de São Brás é a união da confeitaria clássica com insumos amazônicos. O objetivo é fugir do óbvio.
"Os nossos doces têm um diferencial: não são 100% regionais, mas em alguns deles colocamos ingredientes regionais. Temos bolo de macaxeira com coco seco, que encantou os turistas durante a COP, pois eles não conhecem o bolo de ‘aipim’ dessa forma. Temos macarons com castanha-do-pará e tortas com cupuaçu e queijo cuia. São produtos regionais sem ser aquele tradicional, colocamos um toque para que a pessoa sinta o sabor de forma sutil e elegante", explica a sócia fundadora Diane Silva, responsável pela cozinha.
Praticidade e pronta-entrega
Enquanto algumas docerias focam na encomenda antecipada, outras miram no consumidor que deixa tudo para a última hora. Vânia Bordalo, proprietária da Santa Sobremesa, no bairro do Marco, atua há cinco anos no ramo e abriu sua loja física no ano passado com foco em sobremesas cremosas e montagem rápida. A expectativa de crescimento é modesta, entre 10% e 15%, mas o foco é o volume de dezembro.
"Somos a primeira doceria de Belém especializada em sobremesas e trabalhamos com pronta-entrega, não só por encomendas. Temos todo o material pronto, só para fazer a montagem. De acordo com a experiência do ano passado, as pessoas deixam para cima da hora. O cliente que esquece de encomendar, provavelmente vai encontrar com a gente, pois atendemos até as 17h do dia 24", diz Vânia.
O cardápio da loja específico para o Natal será lançado oficialmente na próxima terça-feira (9), mas os carros-chefe já estão definidos: Banoffee, Cheesecake de frutas vermelhas e tortas regionais como a "Maria Izabel", feita com bacuri.
"O nosso carro-chefe é a Banoffee. Em todos os eventos é o que mais é encomendado. Mas temos a 'Pavulagem', com creme de cupuaçu e farofa de castanha-do-pará, e tortas regionais. Se a pessoa ligar procurando algo, dentro de 45 minutos a uma hora o produto pode ficar disponível para montagem", garante a empresária.
Preços para encomenda no Mercado de São Brás
Pavlova (25 cm): R$ 350 (sucesso de vendas)
Rabanadas (30 unidades): R$ 170
Macarons (unidade para eventos): R$ 6
Prazo: encomendas com, no mínimo, 24h de antecedência
Opções de pronta-entrega no Marco
Carros-chefe: Banoffee e Cheesecake de frutas vermelhas
Faixa de preço: de R$ 160 a R$ 380
Rendimento: as sobremesas servem de 8 a 30 pessoas
Funcionamento: atendimento até as 17h na véspera de Natal
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