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Comerciantes apontam aumento de até 40% nas vendas de artigos religiosos

Entre os itens mais procurados estão fitinhas, terços, imagens, camisas e miniaturas de Nossa Senhora para paineis de carros.

Amanda Engelke
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Vendedores que atuam no entorno da Basílica Santuário de Nazaré, em Belém, relatam um aumento de até 40% nas vendas de artigos religiosos e demais lembranças do Círio em comparação ao ano passado. Entre os itens mais procurados pelos consumidores estão as tradicionais fitinhas, terços, chaveiros, imagens da Virgem de Nazaré, camisas e miniaturas de Nossa Senhora para painéis de carros.

As fitas, também utilizadas pelos devotos em suas promessas, são o carro-chefe das vendas, sendo comercializadas a R$ 1 por unidade. A estudante Giovanna Felgueiras, 19 anos, garantiu a sua nesta segunda-feira (14). Segundo ela, as fitas são uma tradição familiar, e este ano a compra veio acompanhada de um pedido especial: passar no curso de Medicina. Ela está se preparando para ingressar na universidade em 2025.

“Esse é um dos motivos de eu ter comprado a fitinha hoje e estar participando ativamente do Círio. Porque eu acredito, tenho muita fé em Nossa Senhora. É algo que faz parte da cultura da minha família. Não só isso, mas também porque a religião católica faz parte de mim desde criança. Sempre entrego a Nossa Senhora tudo o que quero, o que tenho em mente”, contou Giovanna.

Alta procura

Além das fitas, outros itens bastante procurados são os terços, que partem de R$ 10 e podem chegar a R$ 30 nos modelos mais elaborados. Francisco Borges, que atua com a venda desses artigos há mais de 10 anos, aponta que as miniaturas de Nossa Senhora para painéis de carros são os produtos mais vendidos no momento. “É o que está mais saindo agora, além dos chaveiros e terços”.

image Francisco Borges atua com a venda desses artigos há mais de 10 anos. (Carmem Helena / O Liberal)

Embora as fitas sejam bastante procuradas, Francisco diz que elas “saem mais na unidade”, enquanto miniaturas e chaveiros costumam ser dados de presente para a família”. Ele relata que “as vendas durante o Círio sempre foram boas”, e atribui a grande quantidade de ambulantes à oportunidade de lucro que o evento oferece. Em relação ao ano passado, ele afirma que as vendas aumentaram de 30% a 40%.

Audilene Andrade, que trabalha com a venda de camisas do Círio há sete anos, também relata que as vendas este ano estão "bem melhores". Em comparação a 2022, quando o Círio voltou a ser realizado - após dois anos sem romarias oficiais devido à pandemia de Covid-19 -, ela calcula um aumento de 60% nas vendas, com destaque para as camisas infantis, que são as mais procuradas.

image Audilene Andrade relata que as vendas este ano estão melhores. (Carmem Helena / O Liberal)

Embora as vendas sejam maiores na sexta e no sábado, antes da procissão do Círio, Audilene está otimista com as vendas nos próximos dias, durante outras programações e procissões da festa religiosa. “As camisas continuam com o preço de R$ 30, o mesmo do ano passado, mas as reclamações dos consumidores, segundo ela, diminuíram em relação ao pós-pandemia. “O Círio é como se fosse meu Natal”, diz a vendedora.

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