China afirma que mantém negociações com os EUA, mas reitera críticas a tarifas

A China e os Estados Unidos têm mantido negociações comerciais em múltiplos níveis desde a trégua alcançada em Genebra, afirmou a porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yongqian, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 29 de maio. Contudo, o governo chinês voltou a criticar as tarifas norte-americanas, ao comentar a decisão do Tribunal do Comércio Internacional que ordenou a suspensão de algumas das medidas.

"Sempre mantivemos nossa posição de que não há vencedores em guerras comerciais e nenhuma solução no protecionismo", declarou He, acrescentando que as novas políticas dos Estados Unidos prejudicam o comércio e a economia global. "Pedimos que os EUA escutem as vozes da comunidade internacional e de partes domésticas, cancelando completamente a imposição unilateral de tarifas."

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He Yongqian também renovou os apelos para que os Estados Unidos retirem os controles de exportação sobre semicondutores, cessem "práticas discriminatórias contra a China" e mantenham o consenso alcançado nas conversas de Genebra.

Questionada sobre as investigações da União Europeia (UE) a respeito dos pneus fabricados na China, a porta-voz afirmou que o país está "altamente preocupado" com a situação e alertou que o protecionismo comercial pode aumentar barreiras, interromper o fluxo das cadeias de suprimento e elevar os custos para os consumidores. "Isso não é benéfico para nenhum dos lados", afirmou. "Pedimos que a UE evite restrições comerciais drásticas e que resolva as diferenças por meio do diálogo."

Por fim, He destacou que o governo chinês acompanhará as próximas decisões do bloco europeu e que protegerá os interesses legítimos das empresas chinesas. Sobre as conversas marcadas entre autoridades da UE e da China no próximo mês, ela revelou que haverá uma "agenda importante", incluindo discussões sobre diferenças comerciais e cooperação "mutuamente benéfica".