Carne tem alta de quase 3%; nos últimos 12 meses, passa de 30%
Trajetória do preço do produto em Belém continua pressionando a inflação
O quilo da carne bovina apresentou alta de 2,87% em agosto, em relação aos preços de julho, segundo pesquisas conjuntas do Dieese/PA e da Secretaria Municipal de Economia Secon/PMB 2020, divulgadas nesta terça-feira, 22. Entretanto, no balanço dos oito primeiros meses deste ano (janeiro a agosto), o preço do produto apontou recuo de 2,13%. Nos últimos 12 meses, porém, a alta é de 33%.
A trajetória de preços da carne bovina vendida em açougues, mercados municipais e supermercados da capital paraense pressiona a inflação, com nova alta, agora de 2,87% em agosto. Em agosto de 2019, o quilo da carne bovina de primeira (coxão mole/chã, cabeça de lombo e paulista) era comercializada, em média, em Belém, a R$ 20,77. Mas fechou o ano, em dezembro de 2019, a R$ 28,22. Em janeiro de 2020, era vendida em média a R$ 26,46; em fevereiro, a R$ 25,35; em março, a R$ 25,08; em abril, a R$ 25,64; em maio, a R$ 26,87; em junho, a R$ 26,99; em julho, a R$ 26,85; e em agosto era vendida em média a R$ 27,62.
O produto, dessa forma, apresentou alta de 2,87% em agosto em relação aos preços praticados em julho deste ano. Mas no balanço dos oito primeiros meses deste ano (janeiro a agosto), o produto apontou recuo de 2,13%. Já nos últimos 12 meses, o preço do quilo da carne teve alta acumulada bem superior à inflação, alcançando cerca de 33%, contra a inflação de 2,94% para o mesmo período.
Como na cesta básica a previsão de consumo mensal de carne bovina por trabalhador no Pará é de 4,5 Kg, o gasto total em agosto atingiu R$ 124,29, com um impacto em relação ao salário mínimo atual de 12,86%. Já o tempo de trabalho necessário para adquirir o produto no mês foi de 26 horas e 10 minutos.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA