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Caminhoneiros querem construir greve geral com outras categorias de trabalhadores

O movimento paredista, anunciado para esta segunda-feira (26), não ocorreu no Pará

Abilio Dantas/ O Liberal
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Os caminhoneiros do Pará decidiram não deflagrar greve, ontem, nem há ainda data definida para o início de um movimento paredista, mas uma paralisação como alternativa para protestar contra os preços dos combustíveis não está descartada. O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Transporte de Cargas do Pará (Sintracarpa) informa que as lideranças da categoria, por todo o país, optaram por dialogar com outros setores de trabalhadores, no intuito de organizar uma greve geral nacional para ser realizada em breve. Para o Sintracarpa, a alta nos preços da gasolina e do diesel atinge as finanças de todos os brasileiros, por isso, o movimento deve envolver diversos segmentos sociais.

O diretor de imprensa do Sintracarpa, Edilberto Ventania, afirma que o objetivo do sindicato é “fazer com que todos percebam que o aumento dos preços dos combustíveis não prejudica apenas os trabalhadores de transporte de carga”. “Todos os setores da sociedade são prejudicados, já que o preço dos alimentos é atingido, todos os produtos que são transportados acabam ficando mais caros. Por isso, decidimos por não fazer greve ainda, porque a nossa categoria não tem que ser a única, essa não é uma causa só nossa. As centrais sindicais estão orientando que tentemos articular uma grande greve geral nacional. Ninguém quer fazer greve por fazer, para prejudicar o direito de ir e vir de ninguém”, demarca.

O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindcam-PA) também afirma que seus associados não iriam paralisar. O presidente da entidade, Eurico Tadeu, diz ainda que não há previsão para participar de nenhum movimento no Norte do país. “No Nordeste, tivemos notícia de que houve participação em várias cidades. Mas, para nós, a grande questão é que haja mais fiscalização por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e que se cumpra a tabela de frete. No Pará, temos também a questão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é um dos mais caros”, declara.

Em âmbito nacional, havia sido comunicado que seriam realizadas paralisações no domingo (25) e nesta segunda (26), no entanto, foram registrados apenas pequenos protestos, sem aglomerações, às margens de algumas rodovias e na entrada do porto de Santos, em São Paulo. A categoria estava dividida quanto ao assunto na semana passada.  A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), entidade representativa da categoria, decidiu não aderir à greve e disse, também na semana passada, por meio de nota, desconhecer iniciativas de grupos relevantes nesse sentido.

Por outro lado, Plínio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga (CNTRC), um dos líderes da greve de 2018, que parou o país, convocou a paralisação por meio de grupos de uma rede social. Em resposta, o Ministério da Infraestrutura divulgou em nota que afirma que a CNTRC "não é entidade de classe representativa para falar em nome do setor do transporte rodoviário de cargas autônomo e que qualquer declaração feita em relação à categoria corresponde apenas à posição isolada de seus dirigentes". A pasta também destacou que as associações do setor possuem “caráter difuso e fragmentado”.

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