Câmara deve votar hoje teto de ICMS para energia e combustível; Sefa aponta perda bilionária ao Pará

Representando o governador Helder Barbalho, o secretário da Fazenda, René Sousa, participou do Fórum Nacional dos Governadores, que discutiu o projeto

O Liberal
fonte

O projeto de lei que classifica como essenciais a energia elétrica, combustíveis, serviços de comunicação e o transporte coletivo para fins de incidência tributária, fixando a alíquota máxima de 17% do ICMS sobre estes segmentos, pode ser votado nesta terça-feira (24), pela Câmara dos Deputados. De autoria do deputado federal cearense Danilo Forte, a matéria tramita em regime de urgência e vai impactar fortemente nos cofres dos estados, caso aprovada. Por isso, o assunto foi tema central do Fórum Nacional dos Governadores, realizado nesta segunda-feira (23).

Estudos preliminares do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e Distrito Federal – Comsefaz, estimam que as perdas para os Estados alcançariam R$ 67,7 bilhões em 2022, caso a medida entre em vigor. 

VEJA MAIS

image Felipe D'Avila afirma que ação do governo federal contra ICMS sobre Diesel é 'populismo'
Ele ressalta que estados e municípios precisam dos impostos para investimentos em diversas áreas. Por isso, são necessárias outras medidas para reduzir o preço nas bombas

image STF tira autonomia dos Estados sobre ICMS no diesel
O Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receitas ou Tributação dos Estados deve recorrer da decisão. Para o ministro André Mendonça, as clausuras ‘violam dispositivos constitucionais’, como o princípio da uniformidade

image Governo Federal pede que STF suspenda políticas estaduais envolvendo ICMS sobre Diesel
Governo argumenta que valor definido pelo Confaz ficou mais alto do que o cobrado anteriormente, o que permite aos estados burlar lei sancionada pelo presidente

Representando o governador Helder Barbalho no encontro, o secretário de Estado da Fazenda, René Sousa Júnior, informou que as mudanças na legislação previstas no Projeto representam perdas de R$ 1,8 bi, por ano, na receita do Pará. "Os Estados discutiram as medidas a tomar, pois tal medida inviabilizaria o orçamento estadual, pondo em grave risco o equilíbrio fiscal duramente  alcançado nos últimos anos”, declarou o titular da Sefa.

O PLP 18/2022 tenta conter o preço dos combustíveis e nos demais segmentos a partir da diminuição da alíquota de imposto, mas a medida vem sendo questionado por estados e municípios. “Os estados brasileiros defendem a realização de uma reforma tributária ampla para  simplificar a tributação sobre o consumo no país, com uma tributação uniforme de todos os produtos”, defendeu o titular da Sefa Pará. 

No Pará, a alíquota atual da gasolina é de  28% e a receita com combustíveis representou 28% da receita própria do Estado em 2021. O Pará também pratica a alíquota de 17% para GLP (gás de cozinha) e diesel; 25% para álcool hidratado; 25% sobre a energia elétrica e 28% sobre as contas de telecomunicações.

Os municípios também serão afetados pelo projeto de Lei do deputado Danilo Forte, já que recebem 25% do total do ICMS arrecadado. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, o impacto será na ordem de R$ 15 bilhões ao ano. A perda total estimada aos municípios paraenses gira em torno de R$ 500 milhões. 

“Não há de se negar que as alíquotas que incidem sobre estes bens são elevadas e impactam no preço destes produtos à população, mas existem outras saídas que podem ser adotadas pelas autoridades e pelo Congresso Nacional, na medida em que este projeto propõe, mais uma vez, retirar recursos de Estados e Municípios, prejudicando significativamente a prestação de serviços à população. Defende-se, assim, que, ao invés dessa medida, se aplique um aumento dos impostos nas empresas petrolíferas que são hoje em dia as que têm obtido os maiores lucros e podem arcar com estes valores em prol de nossa sociedade”, diz texto assinado por Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.

Veja as perdas estimadas para os municípios do Pará (R$)

  • Abaetetuba: 2.181.472,79
  • Abel Figueiredo: 567.955,88
  • Acará:1.281.832,90
  • Afuá: 1.017.543,87
  • Água Azul do Norte: 1.707.636,24
  • Alenquer PA 1.390.555,77
  • Almeirim: 4.365.030,17
  • Altamira: 7.466.346,85
  • Anajás: 925.943,86
  • Ananindeua: 14.158.660,67
  • Anapu: 1.330.831,51
  • Augusto Corrêa: 693.264,51
  • Aurora do Pará: 699.551,43
  • Aveiro: 1.050.629,34
  • Bagre: 733.352,03
  • Baião: 828.725,09
  • Bannach: 789.833,42
  • Barcarena: 17.286.184,38
  • Belém: 55.114.832,62
  • Belterra: 1.257.300,46
  • Benevides: 4.493.669,21
  • Bom Jesus do Tocantins: 869.132,10
  • Bonito: 1.023.063,23
  • Bragança: 1.627.900,36
  • Brasil Novo: 1.059.820,35
  • Brejo Grande do Araguaia: 692.860,45
  • Breu Branco: 1.597.413,85
  • Breves: 1.532.504,56
  • Bujaru: 623.073,26
  • Cachoeira do Arari: 822.224,51
  • Cachoeira do Piriá: 691.829,28
  • Cametá: 1.415.014,03
  • Canaã dos Carajás: 47.769.223,62
  • Capanema: 1.920.423,66
  • Capitão Poço: 1.089.128,31
  • Castanhal: 9.893.570,37
  • Chaves: 927.446,35
  • Colares: 508.044,68
  • Conceição do Araguaia: 1.296.594,21
  • Concórdia do Pará: 916.474,91
  • Cumaru do Norte: 1.666.458,69
  • Curionópolis: 2.326.317,26
  • Curralinho: 842.564,03
  • Curuá: 595.236,13
  • Curuçá: 699.122,64
  • Dom Eliseu: 2.001.631,36
  • Eldorado dos Carajás: 1.417.773,21
  • Faro: 977.263,96
  • Floresta do Araguaia: 1.331.828,06
  • Garrafão do Norte: 657.876,84
  • Goianésia do Pará: 1.123.163,34
  • Gurupá: 990.595,48
  • Igarapé-Açu: 776.238,30
  • Igarapé-Miri: 1.055.803,48
  • Inhangapi: 612.585,00
  • Ipixuna do Pará: 1.430.350,02
  • Irituia: 675.118,40
  • Itaituba: 9.177.851,09
  • Itupiranga: 1.489.458,05
  • Jacareacanga: 6.236.156,51
  • Jacundá: 1.136.841,05
  • Juruti: 3.507.081,69
  • Limoeiro do Ajuru: 688.508,27
  • Mãe do Rio: 769.986,50
  • Magalhães Barata: 529.336,72
  • Marabá: 30.311.408,09
  • Maracanã: 626.037,69
  • Marapanim: 618.857,09
  • Marituba: 5.182.640,89
  • Medicilândia: 1.582.417,13
  • Melgaço: 833.694,48
  • Mocajuba: 711.002,11
  • Moju: 3.626.330,40
  • Mojuí dos Campos: 758.851,84
  • Monte Alegre: 1.432.041,43
  • Muaná: 868.279,96
  • Nova Esperança do Piriá: 751.997,16
  • Nova Ipixuna: 717.431,47
  • Nova Timboteua: 551.099,10
  • Novo Progresso: 4.133.368,64
  • Novo Repartimento: 2.292.442,47
  • Óbidos: 1.625.921,61
  • Oeiras do Pará: 756.615,42
  • Oriximiná: 7.448.216,07
  • Ourém: 603.510,71
  • Ourilândia do Norte: 2.872.288,70
  • Pacajá: 1.632.745,13
  • Palestina do Pará: 659.598,43
  • Paragominas: 8.543.496,78
  • Parauapebas: 73.477.718,86
  • Pau d'Arco: 675.108,01
  • Peixe-Boi: 495.425,83
  • Piçarra: 1.270.413,38
  • Placas: 921.257,85
  • Ponta de Pedras: 825.677,08
  • Portel: 1.620.186,13
  • Porto de Moz: 1.160.454,10
  • Prainha: 1.078.490,20
  • Primavera: 1.357.252,21
  • Quatipuru: 513.328,12
  • Redenção: 3.721.226,20
  • Rio Maria: 1.769.996,53
  • Rondon do Pará: 1.667.185,21
  • Rurópolis: 1.140.646,74
  • Salinópolis: 940.775,89
  • Salvaterra: 752.007,05
  • Santa Bárbara do Pará: 870.844,78
  • Santa Cruz do Arari: 678.551,67
  • Santa Isabel do Pará: 2.769.570,36
  • Santa Luzia do Pará: 679.838,53
  • Santa Maria das Barreiras: 2.416.482,04
  • Santa Maria do Pará: 771.351,01
  • Santana do Araguaia: 3.094.934,80
  • Santarém: 9.452.202,55
  • Santarém Novo: 499.295,81
  • Santo Antônio do Tauá: 883.370,65
  • São Caetano de Odivelas: 599.455,77
  • São Domingos do Araguaia: 991.618,74
  • São Domingos do Capim: 695.621,11
  • São Félix do Xingu: 5.248.623,87
  • São Francisco do Pará: 580.308,16
  • São Geraldo do Araguaia: 1.827.498,21
  • São João da Ponta: 492.795,73
  • São João de Pirabas: 590.674,26
  • São João do Araguaia: 659.804,66
  • São Miguel do Guamá: 993.037,15
  • São Sebastião da Boa Vista: 849.416,73
  • Sapucaia: 728.281,74
  • Senador José Porfírio: 1.025.075,12
  • Soure: 842.084,30
  • Tailândia: 3.185.377,03
  • Terra Alta: 510.597,63
  • Terra Santa: 1.286.931,88
  • Tomé-Açu: 1.873.136,25
  • Tracuateua: 637.738,12
  • Trairão: 1.040.070,85
  • Tucumã: 1.967.896,54
  • Tucuruí: 13.937.620,92
  • Ulianópolis: 1.561.146,84
  • Uruará: 1.708.282,64
  • Vigia de Nazaré: 949.632,08
  • Viseu: 927.119,94
  • Vitória do Xingu: 12.305.548,40
  • Xinguara: 3.574.461,83
  • Total do Estado: 494.565.782,10

FONTE: CNM 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA