Atividade comercial do Pará teve queda de 0,3% em agosto, mas acumula alta de 0,5% no ano, diz IBGE
Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foi divulgada nesta quarta pelo órgão e mostra os estados com melhor e pior desempenho

A atividade comercial do Pará apresentou leve queda no mês de agosto, de 0,3%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O levantamento, que faz uma comparação com julho, aponta, no entanto, que o resultado negativo do Estado foi bem menor que o de outras Unidades da Federação, como a Paraíba, que apresentou queda de 3,6%, e Alagoas, de 2,7%. Já entre os estados que fecharam o mês em alta estão Rio Grande do Sul (2%) e Distrito Federal (1,4%).
Economista, Nélio Bordalo explica que a queda na atividade comercial verificada em agosto, comparada com o mês de julho, é explicada pela movimentação do comércio no Pará em período de férias escolares e do verão, o que provoca, no mês de julho, um faturamento significativo em vários municípios do Estado.
“O comércio varejista é beneficiado com aumento nas vendas de produtos que possuem correlação com a temporada, como roupas, acessórios, bebidas e outros. No mês de agosto, o resultado negativo confirma esse cenário na economia do Estado neste ano”, afirma.
Em relação a agosto do ano passado, por outro lado, o desempenho do Pará foi positivo, na casa de 0,7%. A título de comparação, os estados com as maiores altas foram Tocantins (9,7%), Maranhão (8,5%) e Ceará (8%), enquanto os que tiveram os números mais baixos foram Paraíba (-24,5%) e Amapá (-4,7%).
O comércio do Pará ainda teve atividade positiva no acumulado do ano, de janeiro a agosto, de 0,5%, na comparação com o mesmo intervalo de 2022, e nos últimos 12 meses até agosto, de 0,9%.
Bordalo lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 5 de maio de 2023, em Genebra, na Suíça, o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à covid-19, o que, para ele, contribuiu para que a população se sentisse mais segura em aproveitar o verão no Pará, elevando a movimentação do varejo em julho.
“Acredito que, em função da pandemia, que restringia as pessoas de irem às compras em lojas físicas, optando pelas lojas virtuais, agora elas voltaram a comprar nos comércios locais aqui no Estado. Outro fator determinante foi a sensível melhora no cenário econômico do país, apesar de todas as dificuldades do setor varejista em relação à manutenção de estoques pelas situações adversas das indústrias em função do conflito Rússia e Ucrânia”, avalia o especialista.
Para os meses de setembro e outubro, que ainda não têm resultados oficiais do IBGE, Nélio espera que o feriado prolongado no Dia das Crianças e o Círio tenham movimentado positivamente o setor comercial paraense. “Certamente, esses dois meses, em função das datas importantes para o comércio, impactam positivamente a economia, principalmente de Belém. Os resultados do setor varejista serão bastante positivos e melhores que os do mês de agosto”, adianta
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