Arroz e feijão sobem de preço e impactam venda de refeições na região metropolitana de Belém

De acordo com o IPCA, em dezembro, a alta desses alimentos ficou em 4,62% (arroz) e 23,88% (feijão) na capital paraense. Empreendedoras do ramo temem afugentar clientes com o repasse do custo dos insumos para os pratos comercializados.

Gabriel da Mota
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Quem vai ao supermercado regularmente, já percebeu: o arroz e o feijão tiveram alta expressiva de preços nas últimas semanas. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado na última quinta-feira (11), a inflação no Brasil encerrou 2023 em 4,62%, impulsionada, em dezembro, pelo grupo de alimentos e bebidas. Em Belém e região metropolitana, a variação do arroz (+4,81%) e do feijão rajado (+23,88%), no mês passado, impactou o bolso de consumidores finais e de proprietários de negócios alimentícios, como a venda de refeições prontas. 

A empreendedora Ana Menezes, 55 anos, possui um restaurante de comidas caseiras há 7 anos na avenida Rômulo Maiorana, bairro do Marco, em Belém. Ela conta que vem percebendo alta no preço desses alimentos há cerca de dois meses, mas a inflação maior foi nas últimas semanas. “De uns 20 dias pra cá, subiu estupidamente o arroz e o feijão também. Eu comprava arroz de R$ 4,20, agora eu tô comprando de R$ 6,10. O feijão, que eu comprava de R$ 5,50, agora eu já tô comprando de R$ 8,90”, referindo-se ao valor médio dos pacotes de 1 quilo dos produtos. 

Fazendo as contas, ela afirma que precisaria aumentar o preço das refeições comercializadas. Atualmente, Ana disponibiliza pratos individuais que variam entre R$ 15 e R$ 20. No entanto, considerando o baixo movimento de clientes neste início de ano e a queda na receita em curso, ela teme pela manutenção do negócio. “Se a gente for aumentar, a gente fecha de vez. Eu vou segurar o preço até onde eu puder”, informa a proprietária do restaurante.

No bairro do Coqueiro, em Ananindeua, Alessandra Canto e o marido, Luiz Rocha, possuem um trailer com fornecimento de lanches e ‘PFs’ (pratos feitos). Instalados há 6 anos em uma área próxima a grandes empresas, o casal já possui clientes fidelizados, como os trabalhadores do entorno. Assim como Ana Menezes, Alessandra também prefere não aumentar o preço das refeições. “Por enquanto, vamos permanecer no mesmo valor, que é R$ 16. Caso os preços continuem subindo, vamos ter que dar uma pequena reduzida na quantidade de arroz e feijão no prato”, planeja a empreendedora, como saída para não ficar no prejuízo.

“Toda semana que íamos ao supermercado, tínhamos uma surpresa. Mas eu percebi um aumento absurdo nesse início do ano. Acho que pegou todo mundo de surpresa, foi um susto”, reflete Alessandra, que estima a variação de preços percebida por ela nas últimas semanas: “O feijão de R$ 5,80 passou pra R$ 7,40; e o arroz, de R$ 4,80 agora está R$ 6,20. Isso, procurando os mais em conta”, finaliza. 

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