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Nos shoppings, empresariado de Belém aposta em alta a partir de 10% nas vendas de dezembro

Movimento de consumidores já começa a crescer mesmo no início do mês. O público feminino deve representar a maior parte dos clientes.

Elisa Vaz

Com a chegada de datas promissoras para o comércio belenense, como o Natal e o Ano Novo, os empresários já se preparam para ver mais movimento em suas lojas e, consequentemente, faturar mais. A estimativa do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas-Belém) é de um crescimento médio de 10% nas vendas.

“Sem dúvida, o mês de dezembro, devido às festas de final de ano, com o aumento do fluxo e, consequentemente, das vendas, tende a ser um dos melhores – ou o melhor – do ano”, pontua o presidente da entidade, Eduardo Yamamoto.

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Segundo ele, como em todos os anos, o primeiro semestre de 2023 foi “morno”, apesar de ter havido um sutil crescimento, na média de média 3% em relação a 2022. Mas, o setor começou, de fato, a ver melhora a partir de agosto deste ano até o final de novembro. No mês passado, as vendas cresceram, em média, 7%, muito provavelmente por conta da Black Friday, diz. Agora, com o último mês do ano, a tendência é crescer a procura por presentes, especialmente nos setores de vestuário e acessórios.

Projeção

Em um shopping da capital paraense, localizado no bairro Batista Campos, a expectativa é positiva. A presidente da Associação dos Lojistas do Shopping Pátio Belém (Alpab), Labibe Pedrosa, que também é proprietária de uma padaria dentro do estabelecimento, estima uma alta de 10% nas vendas ao longo de dezembro. “Estamos com uma expectativa bem melhor por conta deste momento que está chegando, que é o Natal”, adianta.

Nas lojas que vendem itens para presentes, como calçados e vestuário, o movimento deve ser intenso, porque são os produtos mais visados, na opinião de Labibe. Mas, consequentemente, o segmento de alimentação também se beneficia, já que um número maior de pessoas passa pelo shopping diariamente.

“O setor de alimentação já está movimentado desde novembro, muitas pessoas já estão encomendando produtos para dar de presente, como panetones, chocotones e roscas de Natal. As encomendas já começaram. Algumas pessoas têm o hábito de fazer confraternizações desde novembro também, então a gente já sentiu a diferença”, comenta a presidente da associação. “As pessoas vêm comprar presentes e acabam aproveitando para almoçar ou lanchar, o que traz um aumento no faturamento também”, complementa.

Otimismo

A gerente de uma loja de sapatos no mesmo shopping é ainda mais otimista. Deise Santos estima que as vendas terão aumento a partir de 20% neste mês. Segundo ela, somente nos primeiros dias de dezembro, no final de semana, já foi possível perceber a tendência.

“O ano de 2023 teve um crescimento bem significativo, a gente estava meio inseguro depois desse período de pandemia. E dezembro nos surpreendeu, porque já começou a dar um movimento legal, já deu uma animada e a loja está se preparando bastante para esse momento, com mercadorias chegando”, declara.

O público mais popular da loja, na avaliação da gerente, é o feminino, que lidera as vendas nesse período. “O feminino é o carro-chefe do mercado, ele vem com tudo, é o que faz mais compras mesmo, sem comparação com os outros”, detalha Deise. A loja especializada em calçados tem todos os modelos, desde rasteiras e sandálias até saltos e tênis.

Contratações

É possível que os lojistas procurem mão de obra qualificada para suprir a demanda em dezembro. É o que diz o presidente do Sindilojas-Belém, Eduardo Yamamoto. O representante do setor destaca que o investimento em treinamento da equipe, para melhor qualificação, é um dos fatores fundamentais para impulsionar as vendas de final de ano.

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A orientação, segundo ele, é iniciar o processo de recrutamento e seleção de forma prévia, a fim de identificar candidatos com “fit cultural” da empresa e para dar tempo de treiná-los e proporcionar um melhor conhecimento sobre os clientes da marca e seus produtos e serviços. “Estimamos que, para compor o quadro de dezembro, as empresas aumentem de 20% a 50% do seu quadro normal”, enfatiza.

Labibe Pedrosa concorda: as contratações devem crescer até o final do ano. “No início de novembro a gente já teve um aumento de contratações, os lojistas começaram a aumentar essa procura pelos currículos para fazer novas contratações. A gente percebeu um aumento de mais ou menos 15%, em relação ao restante do ano”. Da mesma forma, a loja onde Deise trabalha já duplicou seu quadro de funcionários, de acordo com ela.