Mining Summit Belém discute mineração, transição energética e COP 30
A tendência global de uma mineração mais sustentável também se reflete no Brasil
Belém sedia nesta quarta-feira, 10, o Mining Summit Belém, uma iniciativa do Instituto Minere em parceria com a Comissão de Assuntos Minerários da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA) para ampliar o debate sobre a 30° Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), a ser realizada em novembro, na capital paraense. A ideia é discutir diferentes projetos e experiências de empreendedores sustentáveis dentro da constante evolução do setor de mineração.
A programação inclui painéis estratégicos sobre mudanças climáticas, transição energética e COP 30, licenciamento ambiental para mineração, rastreabilidade do ouro, garimpo sustentável e regularização mineral, e a Taxa de Fiscalização (TFRM), reunindo especialistas, representantes do poder público, empresas e organizações da sociedade civil.
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Amanda Atena, presidente da Comissão de Assuntos Minerários da OAB-PA, explica que o evento é pautado em um debate responsável sobre os desafios da mineração em um momento de discussão climática. “O que muita gente não fala é que o setor da mineração está interligado com essa matriz energética de economia verde, de menos emissão de carbono.”
A tendência global de uma mineração mais sustentável também se reflete no Brasil, com especial atenção para a região Amazônica. Isso inclui adoção de tecnologias para reduzir ou zerar as emissões de CO² , para reciclagem e reúso da água usada no processo industrial e para aumentar a eficiência energética, como utilização de energias limpas.
“Então é possível que no Pará a gente consiga alinhar esse desenvolvimento econômico com o meio ambiente. Diante da responsabilidade sustentável é que a floresta Carajás é mantida em pé, são menos de 4% de floresta usada para a mineração, tanto que essa atividade é uma das que degradam menos”, explica Amanda.
O estado do Pará se mantém como segundo maior produtor de minério, atrás apenas de Minas Gerais. Todo esse potencial será discutido alinhado aos desafios de manter uma agenda econômica responsável, preservando ecossistemas, povos tradicionais e metas ambientais presentes nas conferências climáticas. O Brasil ratificou, em 2016, no Acordo de Paris, um compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, aumentar o uso de energias limpas e diminuir o desmatamento.
Amanda defende que a mineração esteja presente nas discussões da conferência climática, em Belém, sobretudo, no cenário em que o estado é forte economicamente no setor. “A pauta da mineração não foi trazida para essa COP, o foco principal é o financiamento climático. Só que muitos institutos e organizações estão tentando colocar a mineração no centro do debate, mostrando a importância e que a justiça climática não existe sem a mineração.”
No painel sobre mudanças climáticas, transição energética e COP 30, Amanda Atena; Tátila Pamplona, procuradora do estado e o advogado Rosinaldo Lobato Junior vão discutir sobre as principais pautas das últimas COPs e a importância da mineração. “Essas minerações de materiais críticos como níquel, cobalto, lítio, que são essenciais por exemplo para a bateria de um carro elétrico, painéis solares, energia eólica, então são fundamentais para termos uma transição energética mais limpa e justa.”
Serviço:
Mining Summit Belém
Horário: 13h às 20:00 horas
Local: Unama - Campus Alcindo Cacela