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Almoço do Círio deve ter substituições de produtos mais caros

Com os altos preços nos supermercados, consumidores devem adotar a troca do pato pelo frango, para economizar

Elisa Vaz

A uma semana do Círio, os paraenses já se preparam para o tradicional almoço que marca a data religiosa todos os anos. Com a situação econômica atual, no entanto, é possível que as mesas não sejam tão fartas e muitas pessoas optem por uma refeição mais tímida, sem muito exagero.

O presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, afirma que, na comparação com 2019, antes da pandemia, as vendas vão ser muito menores. Já em relação ao ano passado, os supermercados devem ter mais vendas, mas vão competir com os restaurantes. Como as medidas restritivas estão menos rígidas com o avanço da vacinação, é provável que muitas pessoas não façam almoço em casa e prefiram sair neste horário.

Além disso, o fato de que não haverá a procissão religiosa pelo segundo ano consecutivo desanima os empresários, segundo ele. “Não tivemos a procissão nos dois anos, então agora está quase do mesmo jeito, não acreditamos em um aumento maior de vendas por conta disso. Sem pessoas na rua, os turistas não vêm para Belém. Isso deve diminuir um pouco o nosso potencial de vendas nos supermercados”, comenta.

Por conta dos aumentos nos preços dos alimentos, o consumidor também deve ter dificuldade de comprar os mesmos produtos de anos anteriores. De acordo com Jorge, a maniva, o tucupi e o peru não tiveram altas, na comparação com o ano passado, mas o arroz e o frnago ficaram bem mais caros – o frango, inclusive, deixou de ser uma alternativa para os compradores. “Toda a cesta básica está mais cara, mas sempre existiu esse costume de trocar as carnes para substituir e baratear. O Círio é o segundo Natal para o comércio, esperamos que tenha um bom resultado”, adianta o presidente da Aspas.

A reportagem fez uma breve pesquisa de preços dos principais produtos que compõem a mesa do Círio e constatou que o quilo do peru ou chester pode chegar a custar até R$ 25 em um dos maiores supermercados de Belém, enquanto o quilo do pato congelado chega a R$ 27,8 – um dos que estavam expostos pesava quase três quilos e custava mais de R$ 78. Já o frango, que pode ser uma opção mais barata para quem quer substituir a carne, custa R$ 15,9 por quilo congelado e R$ 11,25 por quilo resfriado. Quanto aos outros ingredientes, o preço da maniva podia chegar a R$ 5,97 por quilo, e o do tucupi a R$ 11 a garrafa com um litro e a R$ 23 a garrafa com dois litros.

De acordo com a última pesquisa sobre os preços das aves congeladas do Dieese, divulgada no dia 11 de setembro, com base em vários estabelecimentos, o valor do pato podia variar de R$ 19,35 a R$ 26, e o do frango de R$ 8,88 a R$ 12,99, por quilo. Com relação à garrafa de tucupi, o Dieese mostrou preços mais baixos: a de um litro variando entre R$ 5,60 a R$ 9,98 e a de dois litros de R$ 11,90 a R$ 18,48. Nas feiras livres, no entanto, o produto custava menos, de R$ 5 a R$ 12 pela garrafa de dois litros. Essa pesquisa foi divulgada no dia 17 de setembro. E a maniva, segundo estudo divulgado ontem pelo órgão, pode custar até R$ 6,1 nos supermercados de Belém.

A arquiteta Cláudia Ribeiro, de 41 anos, estava em um dos estabelecimentos pesquisando os preços de vários produtos. Segundo ela, sua mãe já havia comprado a maior parte do que será usado no almoço do Círio na família, mas ela ainda voltaria ao supermercado neste sábado para comprar o restante. O almoço será para 12 pessoas, e a família vai preparar maniçoba e vatapá, mas o pato no tucupi ainda não é certeza. “Estou pesquisando, ainda não decidimos se vamos mesmo fazer esse prato, e se vamos utilizar pato ou frango, estamos pensando nessa substituição porque o pato está muito caro”, opina a consumidora.

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Economia
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